Noite adentro, noite afora
Lua cheia, não vá embora
É a noite que sinto dores no rim
A noite e seu sonho te trazem até mim
Noite de lua em seu esplendor
Que aprecio antes de meu torpor
A cidade noturna do programa do Jô
Que acorda depois do sol se por
Noite de vento frio que vem do mar
Trazendo histórias para contar
Sobre o mundo, estranho, a naufragar
E nossa decência para se resgatar
Além das dunas e do Morro Branco
Há uma sereia invisível e seu canto
Que me deixa sereno, a me ninar
E que não permito me matar!
Noite, ó Noite, ela hoje não veio!
E se faz presente neste devaneio
Na quarta linha, primeira canção
Que me avisa, implícita, de antemão:
"Permita que escorra como a onda do mar
Para que possa então a ti retornar
Que como a maré, ela vai oscilar
Em eterno retorno, irá voltar"
Calma, durma, não soluce
Deixe que o ouvido a onda aguce
Em repetido barulho, um eterno chuá
Que foge mas volta, sem nunca parar
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"Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto, ainda, eu sei.
Para você correr macio
Como zune um novo Sedan
Tempo tempo, mano velho"
"Sobre o Tempo" - Pato Fu
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