Nossas dores nos iludem e alteram nossas percepções sobre fatos então díspares, em outra circunstância.
Quase sempre.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Forbidden Lover
Um pouco de poesia escapista para oxigenar uma prosa prolixa.
A Torre
Estou afastado do mundo
E tão distante do chão
Congelado neste eterno segundo
Distante de qualquer ilusão
Não tenho medo da vida
Tenho apenas as minhas mentiras
Minha história, hoje quase esquecida
Bravata tão bem proferida
Esta torre me isola do sentimento
Finjo não sentir, mas é mentira
No espaço entre sorriso e tormento
Há o tempo que, lentamente, expira
Dependo de uma persona inventada
Para chegar na hora marcada
Viciado em uma máscara negra
Que não era eu
Não sei mais onde termina o homem e começa a cultura
Se há mesmo fortuna na posse de uma ferradura
Quando visto a roupa, não sinto ser mais eu
Perdido, busco um conceito que também se perdeu
"Wayne", ela sussurra
Sua voz me afaga com candura
Ela me procura, minha verdadeira companhia
O perigo hoje é minha principal fonte
Fonte de alegria
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Dead Eyes...
Dead eyes see no future.
Assim já diz a banda de Death Metal Melódico "Arch Enemy". Pois é, criançada: a perda da esperança é uma morte calculada e também um caminho perigoso. Ao perder-se a fantasiação que tanto nos envolve quando crianças e que mantém seus resquícios ao idealizarmos comportamentos e situações que, na prática, dificilmente aconteceriam, o que nos resta, ao abandonarmos o padrão? Um mundo mais cinza, sem dúvidas.
Agora...quem diabos iria querer isto e quais os adventos positivos de tal abordagem?
Nada como uma decepção para suscitar uma mudança de visão, porém o que dizer quando esta mesma visão traz uma perspectiva ainda mais angustiante do que o resultado negativo da idealização? Existem aqueles que procuram, precisam sentir a vida como ela se apresenta; sem mencionar todos os outros que escolhem o contato com a vida pouco idealizada por tantos outros motivos, prossigamos.
Não esqueçamos que a análise objetiva do processamento dos fatos permite melhor prevê-los e também permite uma interação mais concreta. Não podemos combater o mal aonde ele não está, não é mesmo? Analogia maniqueísta posta de lado, é fato que várias consequências positivas podem vir à partir de uma análise um pouco mais isenta de um contexto factual.
O perfil do ser que procura tal conduta pode, em sentindo amplo, ser dividido entre aqueles que procuram objetividade e resultados concretos não importa a dor causada pelas revelações e escolhas e também os que, inadaptados ou cansados de um padrão com maior grau de idealização, buscam uma abordagem diferente.
Obviamente, essas abstrações são naturalmente reducionistas, mas podemos observar que:
-Sim, existem vantagens em enxergar o mundo em toda sua imperfeição.
-Só podemos trabalhar ativa e individualmente os problemas que sabemos ter.
-Este contato, mesmo que doloroso, pode ser transformador.
-Deve-se tomar cuidado para não se tornar o monstro que se combate (Sim, eu sei que foi idéia do Nietzsche).
-A interpretação que damos aos fatos não os mudam, em essência.
-Podemos, alternativamente, procurar explicações escapistas para nosso cotidiano.
-Os que seguem a trilha da realidade com menos máscaras devem precaver-se contra um nível de desamparo que obstrua sua cognição e julgamentos, não devemos trocar a ilusão do mundo perfeito pela tristeza da vida destituída de sorrisos.
-Este texto teve um encadeamento lógico prolixo e não foi nada solene, mas promoveu desenvolvimento.
"There are no flowers in the real world"
-The Matrix in comics.
Assim já diz a banda de Death Metal Melódico "Arch Enemy". Pois é, criançada: a perda da esperança é uma morte calculada e também um caminho perigoso. Ao perder-se a fantasiação que tanto nos envolve quando crianças e que mantém seus resquícios ao idealizarmos comportamentos e situações que, na prática, dificilmente aconteceriam, o que nos resta, ao abandonarmos o padrão? Um mundo mais cinza, sem dúvidas.
Agora...quem diabos iria querer isto e quais os adventos positivos de tal abordagem?
Nada como uma decepção para suscitar uma mudança de visão, porém o que dizer quando esta mesma visão traz uma perspectiva ainda mais angustiante do que o resultado negativo da idealização? Existem aqueles que procuram, precisam sentir a vida como ela se apresenta; sem mencionar todos os outros que escolhem o contato com a vida pouco idealizada por tantos outros motivos, prossigamos.
Não esqueçamos que a análise objetiva do processamento dos fatos permite melhor prevê-los e também permite uma interação mais concreta. Não podemos combater o mal aonde ele não está, não é mesmo? Analogia maniqueísta posta de lado, é fato que várias consequências positivas podem vir à partir de uma análise um pouco mais isenta de um contexto factual.
O perfil do ser que procura tal conduta pode, em sentindo amplo, ser dividido entre aqueles que procuram objetividade e resultados concretos não importa a dor causada pelas revelações e escolhas e também os que, inadaptados ou cansados de um padrão com maior grau de idealização, buscam uma abordagem diferente.
Obviamente, essas abstrações são naturalmente reducionistas, mas podemos observar que:
-Sim, existem vantagens em enxergar o mundo em toda sua imperfeição.
-Só podemos trabalhar ativa e individualmente os problemas que sabemos ter.
-Este contato, mesmo que doloroso, pode ser transformador.
-Deve-se tomar cuidado para não se tornar o monstro que se combate (Sim, eu sei que foi idéia do Nietzsche).
-A interpretação que damos aos fatos não os mudam, em essência.
-Podemos, alternativamente, procurar explicações escapistas para nosso cotidiano.
-Os que seguem a trilha da realidade com menos máscaras devem precaver-se contra um nível de desamparo que obstrua sua cognição e julgamentos, não devemos trocar a ilusão do mundo perfeito pela tristeza da vida destituída de sorrisos.
-Este texto teve um encadeamento lógico prolixo e não foi nada solene, mas promoveu desenvolvimento.
"There are no flowers in the real world"
-The Matrix in comics.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Flower
Hoje me deparei com uma música de uma banda de J-Rock a qual eu ouvi pela primeira vez há, digamos, uns oito anos atrás.
Isso é sinal de que, no mínimo, dois entes estão ficando velhos por aqui. Curioso observar que algo que já me impactou por estar inserido em um contexto afetivo bem diferente do qual me encontro hoje continua me tocando. Isso, talvez, seja um indicativo que eu sempre gostei da música por sua essência melódica, sendo sua origem aditiva em termos de valor.
Definitivamente, não sou mais a mesma pessoa que ouviu aquela música há tanto tempo atrás e tampouco são as mesmas as pessoas que me apresentaram ao L'arc~en~Ciel. Imagino o que resta daqueles seres que éramos então, quais seriam as características pétreas em uma personalidade. Se eu me visse em duas épocas distintas, poderia fazer amizade comigo mesmo? Quais seriam os pontos em comum que trariam identificação, alteridade, segurança e conforto afetivos?
Ontem soube por Lucas que Márcia estava sentada em um banco do Midway aconchegando em seu ombro a cabeça de seu novo namorado. Mesmo tendo pedido e orado por isso, eu me senti profundamente desconfortável. Lembranças que me perseguem como uma doença, pois ao contrário das da música, vêm sem eu pedir. É uma aberração profundamente humana não corresponder a quem bem me fez e ao mesmo tempo dedicar energia mental a quem pouco se importa comigo. Até música sobre essa irracionalidade fizeram: realmente, ainda somos afetivamente imaturos. O despertar da inteligência e da senciência não foram suficientes para um desenvolvimento livre de percalços.
E essas palavras, para que servem? Seriam catarse, experiência de alteração de pensamentos quanto a um tema? Depuração de sofrimento? Improvável, pois geram pouco retorno e, neste momento, não reflito. Verborragia emocional, é isso que faço e que tantas vezes fiz.
Sinto-me emburrecido, minhas idéias encontram mais dificuldade para manifestarem-se. Como se meu crescimento muscular implicasse em uma diminuição de meu intelecto: ah, cérebro com tanta capacidade para se enganar! Finge agora ser embotado, apenas para me agradar.
O pior insight que tive ultimamente foi perceber que eu não sou tão capacitado e inteligente assim, afinal moro em uma cidade provinciana em um país pouco afeito à capacitação intelectual e minha formação é influenciada por isso. Nunca estudei no MIT, desconheço Oxford e Cambridge e nunca estudei filósofos e poetas durante o ensino médio. Em suma, sou tido como muito inteligente e capacitado não por verdadeiramente os ser, em níveis comparativos, mas sim porque os ao meu redor são menos capacitados ainda.
Sinto que a raça humana está ficando mais estúpida, ao menos tratando-se de seu termo médio. Isso me preocupa, mas creio que é uma impressão falsa. Profundamente egocêntrico e narcísico, encerro o post.
Laruko....Like a Flower!!!!!!!!!!!!!
Flower!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Koko ni iru kara!
Flower!!!!
Isso é sinal de que, no mínimo, dois entes estão ficando velhos por aqui. Curioso observar que algo que já me impactou por estar inserido em um contexto afetivo bem diferente do qual me encontro hoje continua me tocando. Isso, talvez, seja um indicativo que eu sempre gostei da música por sua essência melódica, sendo sua origem aditiva em termos de valor.
Definitivamente, não sou mais a mesma pessoa que ouviu aquela música há tanto tempo atrás e tampouco são as mesmas as pessoas que me apresentaram ao L'arc~en~Ciel. Imagino o que resta daqueles seres que éramos então, quais seriam as características pétreas em uma personalidade. Se eu me visse em duas épocas distintas, poderia fazer amizade comigo mesmo? Quais seriam os pontos em comum que trariam identificação, alteridade, segurança e conforto afetivos?
Ontem soube por Lucas que Márcia estava sentada em um banco do Midway aconchegando em seu ombro a cabeça de seu novo namorado. Mesmo tendo pedido e orado por isso, eu me senti profundamente desconfortável. Lembranças que me perseguem como uma doença, pois ao contrário das da música, vêm sem eu pedir. É uma aberração profundamente humana não corresponder a quem bem me fez e ao mesmo tempo dedicar energia mental a quem pouco se importa comigo. Até música sobre essa irracionalidade fizeram: realmente, ainda somos afetivamente imaturos. O despertar da inteligência e da senciência não foram suficientes para um desenvolvimento livre de percalços.
E essas palavras, para que servem? Seriam catarse, experiência de alteração de pensamentos quanto a um tema? Depuração de sofrimento? Improvável, pois geram pouco retorno e, neste momento, não reflito. Verborragia emocional, é isso que faço e que tantas vezes fiz.
Sinto-me emburrecido, minhas idéias encontram mais dificuldade para manifestarem-se. Como se meu crescimento muscular implicasse em uma diminuição de meu intelecto: ah, cérebro com tanta capacidade para se enganar! Finge agora ser embotado, apenas para me agradar.
O pior insight que tive ultimamente foi perceber que eu não sou tão capacitado e inteligente assim, afinal moro em uma cidade provinciana em um país pouco afeito à capacitação intelectual e minha formação é influenciada por isso. Nunca estudei no MIT, desconheço Oxford e Cambridge e nunca estudei filósofos e poetas durante o ensino médio. Em suma, sou tido como muito inteligente e capacitado não por verdadeiramente os ser, em níveis comparativos, mas sim porque os ao meu redor são menos capacitados ainda.
Sinto que a raça humana está ficando mais estúpida, ao menos tratando-se de seu termo médio. Isso me preocupa, mas creio que é uma impressão falsa. Profundamente egocêntrico e narcísico, encerro o post.
Laruko....Like a Flower!!!!!!!!!!!!!
Flower!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Koko ni iru kara!
Flower!!!!
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