Um pouco de poesia escapista para oxigenar uma prosa prolixa.
A Torre
Estou afastado do mundo
E tão distante do chão
Congelado neste eterno segundo
Distante de qualquer ilusão
Não tenho medo da vida
Tenho apenas as minhas mentiras
Minha história, hoje quase esquecida
Bravata tão bem proferida
Esta torre me isola do sentimento
Finjo não sentir, mas é mentira
No espaço entre sorriso e tormento
Há o tempo que, lentamente, expira
Dependo de uma persona inventada
Para chegar na hora marcada
Viciado em uma máscara negra
Que não era eu
Não sei mais onde termina o homem e começa a cultura
Se há mesmo fortuna na posse de uma ferradura
Quando visto a roupa, não sinto ser mais eu
Perdido, busco um conceito que também se perdeu
"Wayne", ela sussurra
Sua voz me afaga com candura
Ela me procura, minha verdadeira companhia
O perigo hoje é minha principal fonte
Fonte de alegria
Nenhum comentário:
Postar um comentário