segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ezequiel

E aí, vendo Pulp Fiction, eu me lembro do cansaço.

Não que Pulp Fiction transmita isso, mas definitivamente eu sinto tal coisa no momento.

Cansaço físico, cansaço disso, daquilo.

Já notaram como é difícil ligar a TV e não ver alguma demonstração de violência física, para não falar da social ou psicológica?

Cansa.

Eu não vou dissertar sobre as presepadas do mundo porque, no momento, estou cansado. Antes mudasse algo, antes mudasse algo no contexto amplo.

Vou citar uma passagem do filme que, por sua vez, cita uma passagem da bíblia.

Ezequiel 25:17

"O caminho do homem justo é rodeado por todos os lados pelas injustiças dos egoístas e pela tirania dos homens de mal. Abençoado é aquele que no nome da caridade e da boa-vontade pastoreia os fracos pelo vale de escuridão, para quem ele é verdadeiramente o seu irmão protetor e aquele que encontra as suas crianças perdidas e eu atacarei com grande vingança e raiva furiosa todos aqueles que tentam envenenar e destruir os meus irmãos. Tu saberás que chamo-me Senhor quando a minha vingança cair sobre ti"

"The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who, in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother's keeper and the finder of lost children.And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee!".


Enquanto isso, enquanto qualquer coisa, eu vou tentando voltar a postar no "Segura".

www.seguranamaodedeus.wordpress.com


terça-feira, 28 de abril de 2009

Engraçado Ver

Eu não sei de nada
Só sei que essa estrada
Está por começar

E o que quer que seja
Que a gente almeja
Por vir a nos deixar

Eu não tenho nada
Além de minha rima
Minha auto-estima
Mentiras por contar
Eu não entendo porque
Não consigo escrever
E ainda assim escrevo
De outro jeito, sem saber

Eu tenho tanto sono
E ainda cabe um sonho
No meio daquela escuridão
Que se concretiza
Toda noite à fora
Devido à nossa condição

Mas você não dorme
Não quando eu o faço
Não é embaraço
Ficar vendo TV
Engraçado ver
Que o que me sustenta
Não é o mesmo em você

terça-feira, 21 de abril de 2009

Ocasião

Ocasião


É momento certeiro, aposta de ocasião
Quando fico triste, componho
Quando estou alegre, não

Eu não entendo o mundo
Parte dele não me entende também
Não sei se sou feliz sozinho
Se sou completo sem alguém
O fato é que há um caminho
Seja à pé, de carro ou de trem

A poesia é fruto da minha solidão
Luz criativa vinda, quem diria
De tanta escuridão

E assim fica o relato
De um homem um pouco mais sozinho
Agora, que o fim é um fato
Deus nos ajude sozinhos
Porque da relação, só há o hiato

Click

Click!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Fala

Eu sou tanto
Tanto medo da raiva humana
Do fim do mundo e da violência
Eu oro tentando ajudar quem posso
Mas, quando não dá certo, eu corro até a ciência

Sou dez, trinta, um
Creio estar em todos os lugares
Mas, às vezes, estar dentro deste quarto...
Estar dentro deste quarto é estar em lugar nenhum

Tenho amigos que têm amigos
E por acaso, também andam comigo
Amigos, amigas, amiga de um amigo
Eu tenho isso mas, às vezes
Não vejo nada além de meu umbigo

Não tenho tanto dinheiro quanto gostaria
Menos do que posso gastar
Tenho uma dor na mão esquerda
Que tenta, com certo sucesso, me preocupar

Sou um homem frouxo que nem a psicóloga conseguiu ajudar
Porque, às vezes, não se sabe ao certo o que falar
Eu ando todos os dias mas nem sempre saio do lugar
Ela não entende a minha dor ao não saber em que página do livro de psicologia ela está

Me chamaram de homem, Marcelo, brasileiro, inteligente, um monte de coisas
Fora todas as outras que eu tenho receio em relatar
Vários nomes que formam a cola que ajuda a prender tantas folhas soltas

Sou uma fala que cala, por vezes por não saber o que pensar
Calo e falo, como Callas e Callo. Cores curiosas que formam o meu linguajar
Sou uma voz que não quer calar


quarta-feira, 15 de abril de 2009

Duo

Depois de algum tempo...
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Escolhas
(Almodóvar, Frida Callo) [Cores de...]

Há quem escolha porque pode
Há quem escolha por não poder escolher
Palavras vêm quando não espero
Espero poder esperar

Quero possuir o fato
Perdido entre concreto e abstrato
Entender o sentido do relato
De tanta necessidade por escolha

As escolhas q nao fizeram ou fizeram a mim, as que fiz e preciso fazer...o dilema de decidir, a responsabilidade de crescer

 palavras que vêm....material, objeto, vontade, realidade, construir,  passo, andar, pele, 




sábado, 7 de março de 2009

Aço

Todo mundo fica melhor quando sorri
Não é impressão, é verdade
Mas se você duvida
Olhe para essa gente pela cidade

Será que existe algo errado
Será que há um culpado
Será que a culpa é minha
De tanto barulho e repetição

O mundo está tão repetido
Será que você não vê
Eu ando arrependido
Infeliz é quem paga carnê

Será que a rima se foi
Entregue a um interesse estranho
Aliado a medo sem tamanho
Será que eu sei do teu cheiro
Que você não exala para mim

Estou perdido neste tiroteio
Não sei mais o que é bom ou ruim

As luzes estão tão soltas
Entre espaços concretos e cacos
Há um Deus para perdoar os fracos?
Nestes cacos, há minhas memórias
Meu passados e pequenas glórias
Vitórias que você não viu

Eu sinto o medo do futuro
E o além é um quarto escuro
Sua mão não é alcançável
Eu não presto mas sou reciclável
Espero que você me escute
Eu estou falando sem parar
Perdoe, não me controlo
Eu te dou pronomes e verbos
São tantos, já sinto cansaço

Prossigo mesmo não sendo de aço