Esse post é a depuração de um semestre interessante da disciplina de Prática e Produção Textual I. Preciso ressaltar que o professor da mesma, Marco Antônio Martins, é um profissional muito bom: precisamos de mais professores interessados e capacitados, como ele.
Meu último texto produzido no semestre, já com as correções feitas pelo professor e pequenas modificações à posteriori feitas por mim.
De olhos bem fechados
E precisará o homem ver. Para tal, terá que codificar.
A luz que alcança a retina nem sempre ilumina o cérebro e, assim, há muitos que enxergam, mas não vêem. Disparmente, tantos são os cegos que, mesmo privados da visão, captam e vêem o que há no coração dos homens e atentam-se para o essencial.
A cultura brasileira, de samba e carnaval, não é fortunadamente cega para perceber o essencial. Cega assim sendo, define pelo estereótipo, pela cor ou origem. Diz-se meritocrática, mas termina por ser opiniocrática.
Opiniões, todos as têm. Gerar conhecimento à partir delas é outra coisa, esta sim de grande responsabilidade e monta.
E, com o perdão do Renato "Russo", não somos mais a "Geração Coca-Cola" e nossas produções intelectuais e idéias deverão estar mais galgadas na expansão do que no duelo intelectual. Isso, infelizmente, ainda levará algum tempo.
Direcionando as reflexões ao nível da universidade pública, oprimo-me diante do sectarismo e dissenso a serem futuramente criados pela seleção entre aqueles que mereceram por esforço, seja ele próprio ou supervisionado, e aqueles que mereceram por existência; pela inevitável origem social, etnia ou filiação política.
Caminhamos rumo ao nosso "Apartheid" com um Mandela já frágil demais para a militância. Precisaremos de outro herói para aplacar o ódio que formentamos desde este momento? Devemos dividir ainda mais uma espécie caracterizada pelas soberba, arrogância, beligerância e por ser alheia à sua real proporção na Via Láctea e no Universo?
Somos micróbios galáticos a convulsionar sobre um pedaço de rocha em uma galáxia esquecida. Aonde nos levará mais segregação? Nanquim, Dresden, Hiroshima, Canudos, Stalingrado?
Por que tanta dificuldade em ver, mesmo ao exergarmos o tempo todo?
Já diziam os Titãs:
(Por quanto tempo mais?)
Meu último texto produzido no semestre, já com as correções feitas pelo professor e pequenas modificações à posteriori feitas por mim.
De olhos bem fechados
E precisará o homem ver. Para tal, terá que codificar.
A luz que alcança a retina nem sempre ilumina o cérebro e, assim, há muitos que enxergam, mas não vêem. Disparmente, tantos são os cegos que, mesmo privados da visão, captam e vêem o que há no coração dos homens e atentam-se para o essencial.
A cultura brasileira, de samba e carnaval, não é fortunadamente cega para perceber o essencial. Cega assim sendo, define pelo estereótipo, pela cor ou origem. Diz-se meritocrática, mas termina por ser opiniocrática.
Opiniões, todos as têm. Gerar conhecimento à partir delas é outra coisa, esta sim de grande responsabilidade e monta.
E, com o perdão do Renato "Russo", não somos mais a "Geração Coca-Cola" e nossas produções intelectuais e idéias deverão estar mais galgadas na expansão do que no duelo intelectual. Isso, infelizmente, ainda levará algum tempo.
Direcionando as reflexões ao nível da universidade pública, oprimo-me diante do sectarismo e dissenso a serem futuramente criados pela seleção entre aqueles que mereceram por esforço, seja ele próprio ou supervisionado, e aqueles que mereceram por existência; pela inevitável origem social, etnia ou filiação política.
Caminhamos rumo ao nosso "Apartheid" com um Mandela já frágil demais para a militância. Precisaremos de outro herói para aplacar o ódio que formentamos desde este momento? Devemos dividir ainda mais uma espécie caracterizada pelas soberba, arrogância, beligerância e por ser alheia à sua real proporção na Via Láctea e no Universo?
Somos micróbios galáticos a convulsionar sobre um pedaço de rocha em uma galáxia esquecida. Aonde nos levará mais segregação? Nanquim, Dresden, Hiroshima, Canudos, Stalingrado?
Por que tanta dificuldade em ver, mesmo ao exergarmos o tempo todo?
Já diziam os Titãs:
Peste bubônica
Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia
Rancor, cisticircose
Caxumba, difteria
Encefalite, faringite
Gripe e leucemia...
(Por quanto tempo mais?)
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