Ensaio longo e pouco produtivo, com surrealidades. Ah, vai ver só estou ficando velho e exigente.
Nada de Zeca Baleiro, pois não há carona para a volta. Estou cansado e com azia, dada a Pepsi Twist com o cachorro-quente barato. O estúdio fica ao lado de um posto de gasolina e atrás de um depósito de botijões de gás, depósito este a céu aberto.
Tamanha burrice junta, só alugando um ponto ao lado, que por sinal era uma lanchonete, e montando um estúdio.
Talvez não: a mesma janela que mostra os botijões logo abaixo também exibe uma bela vista do rio Potengi e do mar. Explode-se em frente a um belo mirante, ao menos.
A cegueira de minha mãe continua: desconfio de um derrame ocular. Hoje ela perdeu mais um dente; estou preocupado, sem ter com quem conversar. Sorvo a seiva de minha solidão e aprendo a não ter com quem falar, a silenciar e esperar. Ensino-me a não depender de nada ou ninguém além do estritamente necessário.
Pois, parece-me, que meu castelo de cartas está desmoronando.
Não poderia haver nome melhor para essa banda: namoros, meu bem, precisamos de um apartamento, cotoveladas na cama, roncos, amizades duradouras, você é legal, sou seu irmão, conte comigo para o que precisar, te amo, até que a morte nos separe, te pagarei tudo na quinta, pode confiar em mim, a garantia sou eu...
Essa porra toda é só um sonho e, pelo visto, um dia ou outro todo mundo acorda. Sonhos dentro de um possível longo pesadelo, ao menos para a parte da população mundial que não deu a sorte de nascer em um local minimamente rico.
E quanto a mim, vou sonhar antes que tenha que acordar. Digitando, falo com as paredes.
Assim, entorpeço-me.
Já passei por piores.
Quanto mais afirmo, mais embruteço e suicido-me. Logo, talvez eu seja apenas um envólucro, como o exoesqueleto de uma aranha, que já não mais o habita.
Nada de Zeca Baleiro, pois não há carona para a volta. Estou cansado e com azia, dada a Pepsi Twist com o cachorro-quente barato. O estúdio fica ao lado de um posto de gasolina e atrás de um depósito de botijões de gás, depósito este a céu aberto.
Tamanha burrice junta, só alugando um ponto ao lado, que por sinal era uma lanchonete, e montando um estúdio.
Talvez não: a mesma janela que mostra os botijões logo abaixo também exibe uma bela vista do rio Potengi e do mar. Explode-se em frente a um belo mirante, ao menos.
A cegueira de minha mãe continua: desconfio de um derrame ocular. Hoje ela perdeu mais um dente; estou preocupado, sem ter com quem conversar. Sorvo a seiva de minha solidão e aprendo a não ter com quem falar, a silenciar e esperar. Ensino-me a não depender de nada ou ninguém além do estritamente necessário.
Pois, parece-me, que meu castelo de cartas está desmoronando.
Não poderia haver nome melhor para essa banda: namoros, meu bem, precisamos de um apartamento, cotoveladas na cama, roncos, amizades duradouras, você é legal, sou seu irmão, conte comigo para o que precisar, te amo, até que a morte nos separe, te pagarei tudo na quinta, pode confiar em mim, a garantia sou eu...
Essa porra toda é só um sonho e, pelo visto, um dia ou outro todo mundo acorda. Sonhos dentro de um possível longo pesadelo, ao menos para a parte da população mundial que não deu a sorte de nascer em um local minimamente rico.
E quanto a mim, vou sonhar antes que tenha que acordar. Digitando, falo com as paredes.
Assim, entorpeço-me.
Já passei por piores.
Quanto mais afirmo, mais embruteço e suicido-me. Logo, talvez eu seja apenas um envólucro, como o exoesqueleto de uma aranha, que já não mais o habita.
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