John Rambo, cansado de guerra, sonhou com seu antigo superior e amigo, Coronel Samuel Trautman. John não aguentava mais o ostracismo auto-imposto nas selvas do sudeste asiático, tampouco a matança contínua que praticou e que, em sua visão, não mudou a essência de como as coisas ocorrem. Portanto, tinha sorte de ainda estar vivo e contemplava com amargura o fato de ter sido um peão, mesmo que dos bons, nos jogos de poder que envolvem conflitos armados.
Vivia então, como barqueiro e apanhador de serpentes em algum lugar, salvo engano, entre Burma e a Tailândia. Nada agradável para o homem que saiu do Texas ainda jovem para tornar-se um boina-verde e, após três passagens pelo Vietnam em guerra, ter tocado fogo em uma cidade de interior, retornado ao Vietnam para resgatar prisioneiros-de-guerra estadunidenses e, como se não fosse pouco, ter sido novamente chamado para ajudar a guerrilha dos Mujahideen afegã que, ironicamente, repeliria o domínio soviético no país e empossaria os fundamentalistas do Talebã.
Interessante em observar como os E.U.A. ajudam em um momento para atacarem uns anos mais tarde.
John sonha.
E, como John, que terminou seus afazeres e retornou para o rancho de sua família no Texas, penso estar encaminhando-me para meu ponto de partida, porém sem ser o mesmo, como dizia Nietzche em seu eterno retorno, de quem era quando comecei. Já dizia o Emicida que, "...quando tudo parece confuso, é preciso voltar ao começo."
E, mesmo andando-se em círculos, o velho Chico Science já corroborava a idéia de que com um passo à frente, não se está mais no mesmo lugar. Apenas um aparentemente ordinário passo. Aí lembro-me de Confúcio, que dizia que "a viagem de mil milhas começa com um passo."
Fechar um ciclo pode ser bom. Ademais, só o caminhar já representa algo significativo.
Esses dias têm sido de caminhadas e crescimento mas, desta vez, não mais pelas trilhas espinhosas do medo e da insegurança exagerada. Hoje, há uma trilha de areia fofa e confortável que levará, creio eu, à grama aconchegante do Éden.
Enquanto não chegamos à grama...
Full Moon, Full Circle (A Possible Paradise)
Hoje acordei pensando
Que o mundo pode estar acabando
Mas posso postergar esta morte
Com alguém querida por perto
E alguma sorte
Hoje quis ter alguém por perto
E esse teu jeito discreto
Não deixou que ninguém notasse
Que mesmo que meu mundo acabasse
Não deixarias que ninguém escutasse
Eessa fraqueza que nos vêm
Quando compartilhada, diminui
E ao ser de mais ninguém
Tudo piora, nada flui
Mas estamos aqui, caminhando
Eu diria sorrindo e cantando
Mas a vida é real demais
O que não impede
Que estejamos bem
Com dinheiro ou sem
No carro ou no trem
O mundo é real demais
Assim como você
E essa nova e desejada paz
Não precisamos de TV
Para vivermos um romance
Real, ao nosso alcance
Que nos ajude a viver
Nos faça felizes
Para que possamos crescer
Abandonar a guerra
E não mais sobreviver
Vivia então, como barqueiro e apanhador de serpentes em algum lugar, salvo engano, entre Burma e a Tailândia. Nada agradável para o homem que saiu do Texas ainda jovem para tornar-se um boina-verde e, após três passagens pelo Vietnam em guerra, ter tocado fogo em uma cidade de interior, retornado ao Vietnam para resgatar prisioneiros-de-guerra estadunidenses e, como se não fosse pouco, ter sido novamente chamado para ajudar a guerrilha dos Mujahideen afegã que, ironicamente, repeliria o domínio soviético no país e empossaria os fundamentalistas do Talebã.
Interessante em observar como os E.U.A. ajudam em um momento para atacarem uns anos mais tarde.
John sonha.
E, como John, que terminou seus afazeres e retornou para o rancho de sua família no Texas, penso estar encaminhando-me para meu ponto de partida, porém sem ser o mesmo, como dizia Nietzche em seu eterno retorno, de quem era quando comecei. Já dizia o Emicida que, "...quando tudo parece confuso, é preciso voltar ao começo."
E, mesmo andando-se em círculos, o velho Chico Science já corroborava a idéia de que com um passo à frente, não se está mais no mesmo lugar. Apenas um aparentemente ordinário passo. Aí lembro-me de Confúcio, que dizia que "a viagem de mil milhas começa com um passo."
Fechar um ciclo pode ser bom. Ademais, só o caminhar já representa algo significativo.
Esses dias têm sido de caminhadas e crescimento mas, desta vez, não mais pelas trilhas espinhosas do medo e da insegurança exagerada. Hoje, há uma trilha de areia fofa e confortável que levará, creio eu, à grama aconchegante do Éden.
Enquanto não chegamos à grama...
Full Moon, Full Circle (A Possible Paradise)
Hoje acordei pensando
Que o mundo pode estar acabando
Mas posso postergar esta morte
Com alguém querida por perto
E alguma sorte
Hoje quis ter alguém por perto
E esse teu jeito discreto
Não deixou que ninguém notasse
Que mesmo que meu mundo acabasse
Não deixarias que ninguém escutasse
Eessa fraqueza que nos vêm
Quando compartilhada, diminui
E ao ser de mais ninguém
Tudo piora, nada flui
Mas estamos aqui, caminhando
Eu diria sorrindo e cantando
Mas a vida é real demais
O que não impede
Que estejamos bem
Com dinheiro ou sem
No carro ou no trem
O mundo é real demais
Assim como você
E essa nova e desejada paz
Não precisamos de TV
Para vivermos um romance
Real, ao nosso alcance
Que nos ajude a viver
Nos faça felizes
Para que possamos crescer
Abandonar a guerra
E não mais sobreviver
Um comentário:
amém. :)
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