segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Personas, o Retorno


Esse é o meu corpo e o meu sangue, mesmo sendo muitos. Sem isso, podem enterrar, não vai ter sobrado muito.

E quem achar que famílias não brigam, que tenha filhos. Mas, quem disse que somos uma família?
Quem disse que não somos?

Anyway, como quase todas as famílias, estamos muito bonitos na fotografia.

Me lembrando do Marcelus Bob, que parafraseou o Led Zepellin, durante a entrega de um prêmio:


"The song remains the same".

Até a extinção da carne e o fim do mundo, cantaremos.

Aqui eu não sou o Valatius e não curo e ressucito pessoas, mas, nonethless, sou alguém. Nem todo mundo gosta de mim por causa de minha personalidade forte, mas sou alguém. Reconhecido e tudo....de papel passado.


"A gente que é um lugar para a gente,  a gente quer um canto sossegado"
                                 - O Descobrimento do Brasil, Legião Urbana.

Vamos fazer um filme?

Personas

Eu também sou o Irmão Valatius, enviado da Abadia de Nortshire, ungido sob os auspícios da Sagrada Luz e defensor das terras de Elwynn. Quando possível, ajudo o contigente de Jaina Proudmoore em seu esforço de guerra nas terras de Theramore e na Abadia de Nortshire com a distribuição de bandagens para os necessitados e feridos do front.

Eu também sou Valatius, mas Valatius parece tão longe de mim. Às vezes, eu queria e não consigo ser assim, como ele.



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Quando eu ouço

Quando eu ouço U2 eu não tenho respostas e nem mais perguntas, mas tenho conforto.

Isso não me afasta da humanidade, mas me deixa mais próximo de mim mesmo.

Quanto mais eu não sei o que pensar, de certa maneira, mais eu me encontro.

O Bono Vox não existe, mas sou o sobrinho dele.

Agora, o que isso tudo quer dizer? Se é que quer dizer algo? Estou cansado de procurar a resposta.

Ao menos por hoje.

A boa notícia é que o filhote de gato aparenta ter encontrado sua mãe.

sábado, 27 de setembro de 2008

Gatos

E agora, um dos três filhotes jaz abandonado em uma casa também abandonada aqui ao lado. Não consegui tirar o gato do telhado, estou desconcertado. Ado, ado, ado....

Como parar aquele miado?

Estou com pena do animal, assim morre de fome. Espero que ele tenha a sábia idéia de pular aqui para dentro do condomínio para que eu possa, ao menos, oferecer leite.

Espero que dê certo!

Eu

Eu


Eu sou só uma pessoa
Nem ruim tãopouco boa
Vez ou outra rio à toa
E meu nome não é Fernando

Eu moro perto do mar
E apesar desta beleza
Há muito com o que não sei lidar
Vez ou outra, caio em tristeza

Eu não tenho conta bancária
Nem parentes importantes
Tenho certo poder sobre a palavra
Não sei o que será amanhã

Há dias em que não ligo

Não conheço o coração do homem
Muito menos o meu
Várias coisas me consomem
Há quem me ache ateu

Não sou muito alto
Mas não sou abaixo da média
Tento não andar de salto
Conheço a tal da tragédia

Isso não me faz infeliz
Eu consigo sorrir bastante
Enxergar além do meu nariz
Ver um bom futuro lá adiante

Ultimamente ando inspirado
Escrevendo sobre tudo e todos
Pouco sobre mim é falado
Não sou famoso, mas sou querido

Mas não sou popular, pode perguntar
Ninguém vai te falar sobre minha importância neste lugar
Ou não

Eu me sinto cansado
Procurando algo para fazer
Apesar de ter tanto aqui
Para me entreter

Algo está faltando
E eu não sei o que é
Do pouco que estão falando
Lucas me entitula "Abaeté"

Porque o meu sentido
Depende sempre dos outros
Já que não me basto
E isto me faz mal

Andressa diz que é algo natural

Sinto que algo vem vindo
A Nouvelle Vague de minha vida
Seja lá o que isso for
Não vejo tempestade surgindo
Mas sinto que, ainda assim, preciso de guarida

Por ultimo, quero acreditar na profecia
De que a Companhia e eu seremos grandes, um dia
Caso Glauberto esteja certo
Vamos viajar para Paris, Madagascar
E eu vou te levar
Eu vou tirar você deste lugar
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Compor é uma coisa, se utilizar de uma frase do saudoso Odair José, não tem preço. Não tem cartão no mundo que pague! XD

Eu vou tirar você deste lugar..... (8)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Zeitgeist

Assistir novamente ao polêmico documentário "Zeitgeist", acabei me inspirando em algo. Me lembrei do clássico universo ficcional "Crimson Skies", aonde, apesar de todos os pesares, existe um clima de excitação no meio da confusão daqueles anos 30 que nunca existiram. Excitação e felicidade libertária.

Viva os ases inexistentes de meus sonhos eletrônicos e seus aviões vermelhos. Estou baixando novamente o jogo para PC. :)

"Deve de ser cisma minha, mas a única maneira ainda de imaginar a minha vida é vê-la como um musical dos anos 30".

- Vamos fazer um filme - Legião Urbana.

Vamos?
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Zeitgeist
(The Revolution is Now)


Como em um tempo paralelo
Do fim dos direitos civis
Eu me escondo em um castelo
De intenções servis

Tenho medo do que me fazem
Em cada telejornal
Tantas mentiras que nos trazem
Em cadeia nacional

O sentimento de uma era
Que repousa em medo e esperança
Medo de tudo, de ninguém
E o sonho com alguma mudança

Mas tenho minha vontade
Que não cede a outra restrição de liberdade
Para te falar a verdade
Sou muito velho para minha idade

Talvez uma década diferente
Representasse o desejo latente
De um mundo mais contente, de gente mais feliz
Quem sabe outro nome, quem sabe outro país

Um planeta mais gentil
Sem tanta índole hostil
Uma história melhor para o Brasil
Ainda sob o mesmo céu anil

Mas sem você, não seria tão legal
Futuro arrasado, baile de carnaval
Fim da recessão, calma ou convulsão
Não importa a época, sociedade ou local
Com você por perto, se torna especial

Roupa, gesto ou classe social
Tudo colide em um mesmo sorriso
Que não muda apesar de todo o mal
Que esse mundo costuma trazer

Bach's Air.

"A lot of people are waiting for Martin Luther King or Mahatma Gandhi to come back -- but they are gone. We are it. It is up to us. It is up to you."

- Marian Wright Edelman

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A Fanfarra

Outra poesia minha feita ontem, durante uma palestra.
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A Fanfarra


Valor artístico, função didática
Não entendo essa problemática
E, como um bêbado entre balcões,
Ouço e absorvo esses sermões

Será uma farra artística
Minha experiência operística
Quando caçoamos, alegres
Do erudito, sagrado
Parecendo quase ateus

"Somos os filhos da revolução (ooo)
Somos burgueses sem religião (uuu)
Somos o futuro da nação (não)
Geração Coca-Cola" (???)

Hoje

Eita, hoje parece que tudo se reuniu e desceu de uma vez na minha cabeça.

Dúvidas acerca do futuro, dúvidas sobre o que eu sou e se o que eu sinto é real ou apenas uma indução, aniversário de morte de parente próximo, sonho durante uma madrugada cansada com minha ex-namorada. Agora, $#@!$, tudo tinha que culminar no dia 25 de Setembro de 2008?

Mais dúvidas a parte, faço minhas as palavras de duas músicas do Queen que definem como me sinto hoje. Situações distintas divergindo para sensações parecidas. E, sim! Too much love will kill me, anytime!

Queen - Too Much Love will Kill You


I'm just the pieces of the man I used to be
Too many bitter tears are raining down on me
I'm far away from home
And I've been facing this alone
For much too long
I feel like no-one ever told the truth to me
About growing up and what a struggle it would be
In my tangled state of mind
I've been looking back to find
Where I went wrong
Too much love will kill you
If you can't make up your mind
Torn between the lover
And the love you leave behind
You're headed for disaster
'cos you never read the signs
Too much love will kill you
Every time
I'm just the shadow of the man I used to be
And it seems like there's no way out of this for me
I used to bring you sunshine
Now all I ever do is bring you down
How would it be if you were standing in my shoes
Can't you see that it's impossible to choose
No there's no making sense of it
Every way I go I'm bound to lose
Too much love will kill you
Just as sure as none at all
It'll drain the power that's in you
Make you plead and scream and crawl
And the pain will make you crazy
You're the victim of your crime
Too much love will kill you
Every time
Too much love will kill you
It'll make your life a lie
Yes, too much love will kill you
And you won't understand why
You'd give your life, you'd sell your soul
But here it comes again
Too much love will kill you
In the end...
In the end.
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Queen - Bohemian Rhapsody


Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes
Look up to the skies and see
I'm just a poor boy (poor boy), I need no sympathy
Because I'm easy come, easy go
little high, little low
Anyway the wind blows, doesn't really matter to me, to me

Mama, just killed a man
Put a gun against his head
Pulled my trigger, now he's dead
Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away
Mama, ooo
Didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
Carry on, carry on, as if nothing really matters

It's too late, my time has come
Sends shivers down my spine
Body's aching all the time
Goodbye everybody - I've got to go
Gotta leave you all behind and face the truth
Mama, ooo - (anyway the wind blows)
I don't want to die
I sometimes wish I'd never been born at all

I see a little silhouetto of a man
Scaramouche, scaramouche, will you do the fandango?
Thunderbolts and lightning - very very frightening me
Galileo, Galileo,
Galileo, Galileo,
Galileo Figaro - magnifico

I'm just a poor boy nobody loves me
He's just a poor boy from a poor family
Spare him his life from this monstrosity
Easy come easy go - will you let me go
Bismillah! No - we will not let you go - let him go
Bismillah! We will not let you go - let him go
Bismillah! We will not let you go - let me go
Will not let you go - let me go (never)
Never let you go - let me go
Never let me go - ooo
No, no, no, no, no, no, no -
Oh mama mia, mama mia, mama mia let me go
Beelzebub has the devil put aside for me
for me
for me
for me

So you think you can stone me and spit in my eye?
So you think you can love me and leave me to die?
Oh baby - can't do this to me baby
Just gotta get out - just gotta get right outta here

Ooh yeah, ooh yeah
Nothing really matters
Anyone can see
Nothing really matters - nothing really matters to me

Anyway the wind blows...

Ironia

LucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucasLucas
ExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExpliqueExplique
EssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssaEssa
IroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIroniaIronia
Faça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favorFaça, por favor
Com que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pareCom que pare
PrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisaPrecisa
Parar

E eu quero saber no que vai dar.
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Vertigens da madrugada à parte, hoje fazem 2 anos e nove meses. 2 longos anos e nove compridos meses.

Paz.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Maçanetas

Maçanetas


Que gênio é esse
Que faz maçanetas voarem
Portas e pianos quebrarem
Que não consigo encarar

Já o mundo, vai girando
E a nós, levando
A um novo lugar
Enquanto isso, vou tentando
Cantar e não desafinar
Ao menos não gaguejar

Ah, que coisa engraçada
Quando uma coincidência
Altera toda a experiência
Que se tem de um lugar
E parece que o mundo parou
Mesmo sabendo que nunca deixou
De girar
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Dia cansativo, mas bem, bem interessante. Nunca mais vou poder dizer que não estava em uma mesa, em uma reunião, quando um ser humano, escondido embaixo dela, aperta meu pé com sua mão gelada. Achei que fosse a própria morte que tivesse vindo me buscar. Susto maldito! :)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

U2

Pessoal,*


Fiz uma tríade de poemas para postar lá no Poetas del Mundo. Uma comunidade virtual e com boas intenções de poetas. A idéia parece bem legal, só não estou contemplando como é que vou modificar meu perfil, quando precisar! Detalhes técnicos a parte, estava ouvindo U2 na hora da inscrição e decidi escrever três poemas baseados em músicas deles. Seguem!


Until the End of the World


Tem sido diferente
Em meio a esse vento quente
Imaginar que algo possa acontecer
Para mudar o meu velho jeito de crer

Até que tudo se extingua
E, não falada, morra nossa língua
Enquanto houver pulso
Estaremos aqui

Em novas formas e faces
E sempre trazendo o que acreditamos
Sem saber direito aonde vamos
Tãopouco se já nos bastamos

Até o fim do mundo
Estaremos, sorriremos, viveremos, perderemos
seremos.
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Sometimes you can't make it on your own


Parece que hoje é diferente
Você acordou mais sorridente
Hoje, a distância é mais curta entre a gente
Hoje, podemos ser nós mesmos

E quando eu te vejo me lembro
Que a distância é tão grande quanto fazemos
Já que tanta bagagem que trazemos
Parece até nos afastar

Mas estamos aí
Pode contar comigo, se eu conseguir
Contar comigo mesmo na hora em que tiveres que ir
Devo tentar e acreditar
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One


Is it getting better?
Does it really matter?
Since you seem to be anywhere
But here

Não se pode imaginar
Que se dê para ganhar sempre
Por mais que se queira
Algo vai ter que ficar

Mas não será com você
Dessa vez, não vou perder
E não há nada que prove isso
Em meio a tanto texto e compromisso

Resta a crença de que o motivo
Para que tudo até agora seja como têm sido
É pleno de sentido e razão
Sentido para ser sentido, razão para nosso coração construído

A dois

One love, One life
One need through the night
Love is a temple, love the higher law
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*Pessoal, vírgula. A única pessoa da qual eu tenho conhecimento que lê esses posts com um mínimo de assiduidade é a Mariana. Mariana, vou mandar um caminhão do Baú da Felicidade para tua casa.

P.S. Por causa disso, estou me sentindo o rei do underground. Wow, i'm feeling so cool :P

P.S. 2 - Antes que eu esqueça: www.poetasdelmundo.com

sábado, 20 de setembro de 2008

Mahatma

E, em pouco tempo, as respostas que pedi vieram. Fazia muito tempo em que não chorava tão espontâneamente, ao som da segunda citação. Foram também as últimas palavras das três horas e dez de filme.



"A natureza do Homem não é essencialmente má. A brutalidade é conhecida por ceder a influência do amor. Você não deve nunca perder a esperança na natureza humana".

"Quando me desespero, lembro que, através da História, o caminho da verdade e do amor sempre venceu. Houve tiranos e assassinos que, durante algum tempo, pareceram invencíveis. Porém, no final, eles sempre caíram. Pense sobre isso. Sempre."

Mohandas Karamchand Gandhi

"Mahatma"* Gandhi


*
Mahatma (ou Mahatman) é uma palavra do sânscrito que significa maha, grande, mais Atman, alma ou espírito.

Um problema

Olá, Blog.


Meu nome é Marcelo. Na verdade, não é só Marcelo, mas um nome é suficiente para podermos conversar. Eu vim aqui porque tenho um problema e gostaria de falar sobre ele.

Eu sou um cara romântico.

Sim, isso, hoje em dia, parece um problema. É um problema no momento em que as relações afetivas atuais estão ficando cada vez mais utilitaristas a um ponto em que, dentro dos meus medos fantasiosos, imagino um tempo em que os casais morarão completamente separados, encontrando-se para a ocasional doação de esperma e para os eventos sociais. Ah, a doação de esperma não seria feita em nosso método tradicional, mas em uma situação quase laboratorial. Os filhos seriam criados, se brincar, por pessoas especializadas em fazê-los, já que a pressão do capital exige cada vez mais tempo para a produção pecuniária.

Claro que é um exagero, mas ele deixa bem denotadas as coisas que me dão medo: a queda da idéia de uma família unida, o utilitarismo sentimental e o eventual descarte humano e sentimental que isso traz. Hoje em dia, dar trabalho, em termos de relações afetivas é algo que está ficando menos tolerado. No futuro, por vezes contemplo: "tem um problema, chapa? Pague um psicólogo, já estou atolado com os meus e meu carnê da clínica de apoio está pago."

Não com essas palavras, ainda mais na sociedade brasileira, tão hipócrita em seus nãos, por vezes.

Eu sou romântico, gosto de saber se está tudo bem, mandar flores e fazer cafuné. Gosto de dizer que estou presente e de ouvir todas essas recíprocas. Também gosto de receber presentes. Em vários casos, me tornei o tal do "namorado chiclete". Essa combinação de uma conduta demodé com o meu tradicional exagero só poderia dar em furada.

No mais, vou ali ver meu filme e fantasiar sobre uma vendedora pobre de flores que, cortejada por mim, aceita meu pedido de casamento, que será feito entre amigos e com o máximo de luxo que os cinquenta reais do mês permitirem. E ela usará roupas remendadas especialmente para o dia do casamento, limpas com todo o esmero daquela barra de sabão de gordura de porco.

Quando chover e começarem a aparecer goteiras dentro de nosso casebre, fingiremos que são gotas de cristal que caíram das estrelas justamente em nossa casinha, e veremos nas gostas os reflexos da luz das velas enquanto elas caem. Quando a chuva passar, olharemos pela janela e observaremos como os edifícios, molhados pelas gotas, parecem lavados com um escovão. Ao fundo, a Torre Eiffel brilhará, como em todas as noites.

Agora me diga, Blog: quem diabos pensa nisso hoje em dia? O mundo hoje é cão, Sebastião.

Deus me ajude, eu sou romântico!

Falando nisso, eu cheguei a conclusão que sou um cara doente.


Obrigado, Blog.

Pontes

São várias as fontes
E de origem distinta
Mas sempre há o medo
Por mais que se sinta

A vivência traz uma carga
De aspereza e beleza
Que não é fácil lidar
Lembre-se sempre que não é só tristeza
Na vida de além-mar

Muito menos é só sobre isso
Que quero falar
Apesar das origens
Nos vemos iguais

O medo da morte, da dor e do tédio
O grande Mal e para tudo um remédio
Mesmo com divergentes origens
Sofremos das mesmas vertigens
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Boa noite

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Que mãozinha gelada...

Che gelida manina, Rodolfo's aria from La Bohème

Che gelida manina,
se la lasci riscaldar.
Cercar che giova?
Al buio non si trova.
Ma per fortuna
é una notte di luna, moonlit night,
e qui la luna
l’abbiamo vicina.
Aspetti, signorina, mademoiselle
le dirò con due parole
chi son, e che faccio,
come vivo. Vuole?
Chi son? Sono un poeta. I am a poet.
Che cosa faccio? Scrivo. I write.
E come vivo? Vivo. how do I live? I live.
In povertà mia lieta
scialo da gran signore I squander rhymes
rime ed inni d’amore.
Per sogni e per chimere dreams and visions
e per castelli in aria,
l’anima ho milionaria. soul of a millionaire.
Talor dal mio forziere
ruban tutti i gioelli
due ladri, gli occhi belli. two pretty eyes.
V’entrar con voi pur ora, They came in with you just now,
ed i miei sogni usati
e i bei sogni miei, dreams,
tosto si dileguar!
Ma il furto non m’accora, ,
poiché, poiché v’ha preso stanza
la speranza!
Or che mi conoscete,
parlate voi, deh! Parlate. Chi siete?
Vi piaccia dir!
---------------------------------------------

Eu não sou tenor, mas esta é a minha ária. Se Miss Sarajevo, do The Passengers,
fosse considerada repertório lírico, ela dividiria o lugar com esta. Vive la Bohème!

Se...

Se, nesta vida, eu não puder ser grande e nobre entre os homens, entre meus inimigos e aqueles que ignoro, que eu possa, em nome do que acredito, ser nobre, bom e digno entre os mais próximos e queridos.

E que, entre eles, eu me torne melhor e peça forças ao que acredito para que, também, tente ser um homem melhor longe do convívio deles.

Que eu possa ser o melhor que meu destino permite para uma mulher e que eu possa dormir com a tranquilidade de saber que ela não desistirá de mim em meus momentos de falha. Que ela me seja boa e digna. Que nós acreditemos que, neste mundo devastado, a vontade torna o esforço imortal em seu ímpeto.

Que assim possa ser até que eu, com minha missão cumprida, não mais seja.

Tough? Tough...

Tough, you think you’ve got the stuff
You’re telling me and anyone
You’re hard enough

You don’t have to put up a fight
You don’t have to always be right
Let me take some of the punches
For you tonight

Listen to me now
I need to let you know
You don’t have to go it alone
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I am...i am to..to...tolerant.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Medo

Hoje, li que a esquerda acredita em algo que teorizei há um tempo. Vi a revista falar sobre amizades e amores descartáveis.

Isso talvez signifique que minha hipótese tenha certo sentido?

Hoje, tive medo da vida.

Devo dormir para sanar a ferida.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

1984

Smith, protagonista do aclamado romance do inexistente George Orwell vê-se, logo no início do livro, incitado a atacar verbalmente o homem que o Partido considera como o criador dos males socias, o grande, em palavras minhas, apóstata.

Quantas vezes eu não me vi e vejo repetindo os comportamentos que, mentalmente e em momento de reflexão, condeno. Nada como o momento para arrebatar os ânimos e me deixar mais perto daquele macaco priordial que, segundo os evolucionistas, me gerou.

Perdoem-me os criacionistas, mas tenho certeza que a ansiedade e a necessidade de manter-se em comportamento parecido aos demais não me leva, nestas situações, mais próximo de Deus.

O fato é que, mediante a tudo isso, lembro-me do Michel Foucault que veio com aquela estória de que a punição social é, por motivos óbvios, exercida pelos que estão mais próximos e que, também por condicionamento e hábito, repetem o comportamento esperado para o momento. Há tempos não experimentei crueldade tão grande quanto a de ser punido pelos que amo, saber que eles são reprodutores do que condeno e, finalmente, passar pela dor da descoberta de que meus objetos de desejo têm os pés de barro.

Como nem tudo são flores, basta tentar focar na parte, talvez pequenas, que o são. Assim, apesar da dor desta descoberta, há o prazer de se encantar com tudo o que me agrada e faz sorrir, coisas que só a convivência traz. Sim, é preciso acreditar na nossa grande geração perdida.

Já dizia Papai Noe...digo Carl Gustav Jung, que não há conscientização sem dor. Concordo plenamente e emendo:

"Não há conscientização sem dor e não há convivência sem amor. Só o que conhecemos como amor para sublimar a dor de descobrir a humanidade em que gostamos e para dar forças que permitirão que descobertas boas venham. A dor de uma descoberta agradável, e eu sei que ela existe, é uma extração de sangue em um mundo de amputações sem anestesia".


Pai, agora que você pode ver-me por completo, você me ama menos ao descobrir que, talvez, eu nunca fui, lá no fundo, quem você esperava que eu fosse?

Falling Down

Andressa,


Minha querida, devemos ter cuidado com as pessoas que parecem cair dos céus pois, mesmo aparentando serem tudo o que precisamos, elas podem nos ferir gravemente durante esta queda. Basta que nos acertem. Inclusive, quanto maior a altura de onde elas vêm, maior a dor do impacto.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

La Bella Luna

Lua, Lua.


Tudo vem e vai, e você continua


Dona Lua,


Você hoje está cheia, cheia de si.


Cara Lua,


Você viu o diálogo silencioso de mãos de tamanho diferente?


Rotineira Lua,


Será que entendes os mistérios dos corações da gente?


"Ó Lua de cosmo no céu estampada, permita que eu possa adormecer
Quem sabe, de novo, nesta madrugada, ela resolva aparecer
A noite passada você veio me ver
A noite passada, eu sonhei com você"
-La Bella Luna, os Paralamas do Sucesso.

Sinais

Sinais


Às vezes digo que essa coisa de sinais
Geralmente é a gente quem faz
Quando se procura alguma coisa
Em tudo que a possa ter

Aí se começa a crer
No que não se consegue ver
Achando que aquele A falado
Na verdade dizia um B

Estão pedindo demais
Para que eu pare de procurar sinais
Mas as respostas, que são boas
Ninguém me traz!

Se ninguém disser
Eu não vou saber
Talvez, só quando acontecer
E aí, vou ver
Que o que eu suspeitava
Tinha algo a ver
Mas não se queria dizer

Então continuo com meus sinais!
Quando darás a resposta?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Hoje

Hoje eu acordei, curiosamente, sem saco para poesia.

Não há clipe cult/de arte/moderninho que me anime. Pode vir o Cazuza aqui pedir para fazer uma composição em parceria, mas hoje realmente não dá.

Acho que o Ensaio sobre a Cólera me deixou exaurido, cansado. Por enquanto, vou tentar respirar pelas minhas narinhas entupidas e jogar os meus fiéis jogos eletrônicos, cuidar das minhas pequenas tarefas domésticas.

Hoje deve ser um dia em que eu me faço lembrar que posso ser exatamente como a maioria das pessoas e, só não o sou todos os dias em alguns aspectos porque, se assim fosse, eu ficaria entediado. O que importa é que hoje não.

Hoje o que importa é sorrir sem deixar que o sorriso passe pelo cérebro.

domingo, 14 de setembro de 2008

Fim de Ensaio

Fim da Cólera


Retornando de um passeio benéfico
Terminando em uma pizzaria
Continuo meu relato nada épico
Já que ninguém mais contaria

Falava sobre os tempos passados
E também sobre os que virão
Momentos nem sempre enterrados
De perda de senso e razão

Afirmo em tom profético
E em discurso não tão ético
Que se isso não parar
Não vai sobrar nada no lugar

Se você, elefante, duvida de minhas palavras
Lembre-se do que aconteceu no passado!
Manchúria, Sarajevo, Saigon e Stalingrado
Um mundo em sangue lavado

O que fazer mediante a tal gigante?
Para que servem todos estes livros na estante?
Se não consigo eliminar meus males maiores
Que se tornam pesados com o tempo?

Talvez, Elefantes do meu Brasil
Lhes digo que, não importa a sua cor
Verde,amarelo, azul, lilás ou anil
O que precisas lhe acompanha aonde você for

Se você quiser dor, levará dor
Se quiser o querer, pronuncie a palavra
Aonde houver raiva, poderá haver o sossego
Se a palavra anunciar o fim do apego

E no fim, deixo a mensagem lavrada
Em uma maneira um pouco complicada
Eu diria quase cifrada
Mas se você parar parar ler

Vai poder perceber
Que não é tão fácil fazer
Quanto vir aqui escrever
Mas existe possibilidade

Que no futuro tudo melhore
Em uma nova consciência e juventude
Permitindo que algo grande mude
Melhorando para todos nós, assim esperamos.
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É, acabou. Eu mudei a vida dos senhores? Imagino que sim. A pergunta, então, é: o que vocês farão a partir disso?

Good luck, have fun.

Smashing Pumpkins - Try ³

Pop tart
What's our mission
Do we know
But never listen
For too long
They held me under
But I hear
It's almost over
In Detroit
On a Memphis train
Like you said it's
Down in the heat and the summer rain of
The automatic gauze of your memories
Down in the sleep at the airplane races
Try to hold on
To this heart
A little bit longer
Try to hold on
To this love aloud
Try to hold on
For this heart's
A little bit colder
Try to hold on
To this love
Paperback scrawl your hidden poems
Written around the dried out flowers
Here we are still trading places
To try to hold on
Pop tart
Can you envision
A free world
Of clear division
For too long
They held us under
But I know
We're getting over
In Detroit
With the Nashville tears
Like you said it's
Down in the heat with the broken numbers
Down in the gaze of solemnity
Down in the way you've held together
To try to hold on
To this heart
A little bit closer
Try to hold on
To this love aloud
Try to hold on
For this heart's
A little bit older
Try to hold on
To this love aloud
And we are still alive
Try to hold on
And we have survived
Try to hold on
And no one should deny
We tried to hold onto the pulse of the feedback current
Into the flow of encrypted movement
Slapback kills the ancient remnants
That try to hold on
Try to hold on
To this heart alive
Try to hold on
To this love aloud
Try to hold on
And we are still alive
Try to hold on
And we have survived
Try to hold on
Pop tart
You never listen
Skinned knees
Try to hold on
Stop start
What's our mission
Skinned knees
Try to hold on

Ensaio

Cólera


Em meio a tanta convulsão
Reacende-se o medo, uma nova rebelião
Necessidade de entender nossa grande solidão
Que nos leva, às vezes, a perder a razão

Em tempos de crise
Um pouco de disciplina convém
Para impedir que a irracionalidade se cristalize
Salvando o que resta de alguém

Que não sabe o porque da ação
Mas julga ter razão
Ao representar a raiva
Não mais medindo proporção

Se tornando morte
Destruindo mundos
E contando com a sorte
Para viver mais uns segundos

Se tornando cólera, medo e ação
Fragilidade de cristal e força de furacão

Assim é o testemunho da ira
No nosso mundo que gira
Mas as vezes, de tão estranho
Não parece ter direção

O atual ensaio de testemunha
De quem viu e sentiu a chegada da morte
Mas, vai ver que por sorte
Ou intervenção de outras instâncias
Foi salvo várias vezes pelas circunstâncias

E hoje, apesar da pequena febre
Escreve, em tom de relato
A dramatização de um fato que, de fato, aconteceu
O encontro da vida e a morte

Em uma estória de pequeno porte
De mais um cidadão
Perdido entre as ruas de outra cidade
Desta ,talvez distinta, nação

Tudo começou com a vontade de falar
Sobre raiva e sentimentos eternos
E isso tudo abarcar
Em umas três dúzias de versos modernos

Daí veio a necessidade
De se parar o que se fazia
Para experimentar a agonia
Que é criar sem ter certeza

Se o feito da criação será lido ou não
Por outro pacato cidadão
Peridido ou se achando em algum lugar
Desta grande nação

Passada a contração
Vem a necessidade
De se falar a verdade
Amarrado por uma terminação

Fosse ela "ão" ou ar
Fosse ir ou voltar
Não é fácil narrar
Sob tamanho grilhão!

Apesar das dificuldades
Isso também foi superado
E, sem nada ser postergado
Continuou a criação

Que prosseguiu estranha
Narrando a si mesma
Em profusão tamanha
Fazendo-a divagar

Voltando ao assunto
Antes que eu me perca
Falava-lhes acerca
Do sanduíche de presunto...

Não! Tema errado!
Acabei trocando, apressado
O sujeito e o predicado
O certo e o errado
Motivado pela fome...

O que eu queria dizer
Antes de me perder
É que a raiva é um sentimento
Que serve de alimento
Para todo tipo de erro

Seja ele pequeno ou grande
Sem consequência aparente
Presente ou latente
Irracional ou consistente
Oculto ou não, mas que se sente

Para evitar as situações como essa
Que destróem o pouco que já existe
É que o homem que se julga triste
Frustrado, infeliz e enfadado

Pode tentar lembrar
Que ao fazer da fúria sua companhia
Perderá então qualquer alegria
Que venha a lhe acompanhar

Mas, um telefonema me interrompe
E consequentemente minha prosa
Tenho assuntos a tratar
E com o Elefante Rosa da fantasia
Irei me encontrar

Isso porém não significa
Que não haja mais nada para falar
O relato que faço irá continuar
Dentro em breve, quando eu voltar.

Enquanto isso, não mude de canal
Volto já.

Dive

Dive


Com que você sonha enquanto dorme?
Um campo florido ou um monstro disforme?
Você revê o seu dia ou cai em esquecimento?
Vê alguém que se foi e obtém alento?

Quem é você quando acorda?
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Come on, little stranger. There is only one last dance.

sábado, 13 de setembro de 2008

Another Deviation

Benzinho, eu Ando Pirado


Penso demais por isso não tenho paz
E a conclusão que isso me traz
É que eu preciso pensar menos
E fazer, qualquer coisa, mais

Como eu fiz não faz muito tempo
E olhem só no que deu
Agora eu vivo a contento
Com um verso que não é mais só meu

Em outra volta que a vida deu
E versos escritos rapidamente
Em uma carta que você não recebeu
Falando de algum assunto pendente

Eu sinto sua falta
Mas não dos seus dias ruins
Eu sei que isso é triste, meu bem
Que bom que você se mandou
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Essa foi feita agora, comemorando outra manhã de vida que estou vivendo. Eu sou um FDP sortudo, não tem jeito.

Sono²

Sono poético da madrugada em dose dupla para os meus leitores não existentes!

Este é da talentosa Mariana Zulianoli, que só pode escrevê-lo porque o mundo não acabou, ainda.
(Ou não?)


Sono


Cadê o sono?
Se toda esta obnubilação me conforta
Abre-te porta do meu sono também!
Mas que estado de consciência é este que me tem?
Me toma, mas não me convém!
Ora, Quero ter sono também!





E é Hora...


Ora, Ora!


...lá se vão os “tics”...
e os tecos daqui não esmorecem um vintém!
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Agora, segue o meu. Feito em mesma madrugada mas em horário diferente.


Sono


Eu tenho sono
Por ficar acordado até tarde
Falando um monte de coisas pela metade
Por já não estar pensando direito

Eu tenho sono

E caso não o tivesse
Talvez fosse mais perfeito
Fizesse as coisas direito
Não trocasse predicado e sujeito

Eu tenho sono

Mas tem gente por aí que não tem
Gente que eu não sei de onde vem
E nem o sono sabe também
Mas que sei que é alguém

Que também tem sono

Já que, se não tivesse
Estaria a parte do que somos
Longe demais do nosso sono
Que tarda, mas entorpece
Nos tornando todos iguais

Eu tenho sono

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Vergonha

Estou novamente sob influência de uma força maior e que se manifesta vez em quando.

Não é esquizofrenia, mas lembra ao se fazer presente mesmo que eu não queira.

É uma sensação boa, aquele frio no peito, já que nunca o senti na barriga, e que indica que eu estou passando por um momento de esperança. Geralmente esperança boba, apesar de que, neste mundo de aflições, qualquer esperança tem potencial de ser bem vinda.

No mais, fico imaginando como pode ser o futuro. Imaginar é, muitas vezes, fantasiar. Comigo, o é quase sempre. É bom, mesmo com o tratamento simpático e levemente distante. A fantasia, porém, se torna problema quando me desvia da rotina de pensamento que pode levar a obtenção de algo parecido, friso bem: parecido, com o que estou imaginando.

Por que parecido?


Dreams

The Cranberries

Composição: N.Hogan & D.O'Riordan

Oh my life
Is changing everyday
Every possible way

Though my dreams
It's never quite as it seems
Never quite as it seems

I know I felt like this before
But now I'm feeling it even more
Because it came from you

And then I open up and see
The person falling here is me
A different way to be

La larara larara larara la

I want more
impossible to ignore
impossible to ignore

They'll come true
impossible not to do
impossible not to do

And now I tell you openly
You have my heart so don't hurt me
You're what I couldn't find

A totally amazing mind
So understanding and so kind
You're everything to me

Oh my life
Is changing everyday
In every possible way

**Though my dreams**
***It's never quiet as it seems***
Cause you're a dream to me


Vocês..aliás, quê vocês, já que ninguém mais lê esses posts? Vocês, seres invisíveis, gostam dos Cranberries? Os anos 80 e 90 foram muito bons para os "rocks" brasileiro, americano e europeu,com certeza.