sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A Lua



A lua não é de prata, não é de queijo, não é um cheetos, não é de algodão.

Ainda mais cheia, como hoje. Hoje a lua é de guerra, já diriam os lobisomens de plantão.

Eu sou um deles, sempre fui, desde que tive que escolher entre Lobisomem: o Apocalipse e Vampiro: a Máscara.

Lobisomem desde pré-adolescente.

E, quando o momento da constância do RPG passou, eu demorei para abandonar a guerra. 

Por vezes, ela volta.

Minha "guerra", minha disputa, é como a disputa do guerreiro Arjuna. Ele praticamente foi obrigado, compelido, a lutar contra os que amava e fazer o que não concordava. Felizmente, não vejo a necessidade de lutar, lutar para provar, lutar para agradar, para ser amado. Porém, a disputa é contra os que amo e, em outra instância, adoro. Como disputar contra eles, para que? O que ganho provando? Posse material, sexual, vantagens de que tipo? Temporárias? Orgasmos são ótimos, mas duram poucos segundos.

Creio que exista tanto um fator de equilíbrio quando uma lição em tal duração.

Porque, como eu disse para você, Lucas, o amor salvará o mundo. Não se chega à ele através da medição de valores, forças ou máximas.

Não sou Arjuna, tãopouco sou mais um Presa de Prata ou ainda Filho de Gaia, não pertenço mais a estas tribos de lobisomens, nem jogo mais RPG por falta de interesse. Apesar disso, ele sou eu e eu sou ele. Minha formação, ao menos em termos de aceitação do diferente, veio dele.

A lua agora não é mais de guerra, é apenas linda, serena.

Redonda como o ventre de uma grávida, lua prenha de fúria...não, isso foi há muitos anos! 


Nenhum comentário: