quando alguma aflição se manifesta lentamente em sua vida,
você não age.
Por ser algo percebido como não contundente,
você admite que aquela aflição não passe de um passageiro desconforto e que,
quando desejar,
aí sim você intervirá e resolverá o que preciso for...
Muitas vezes,
agir pelo desejo encerra uma perspectiva egóica e inócua.
Agir, pela necessidade,
sugere uma visão funcional...
Deixe-me dizer algo que aprendi nos campos de batalha:
As lutas são legítimas quando necessárias.
As lutas são inconseqüentes quando desejadas...
-------------------
Estou incerto quanto a fonte mas creio que trata-se de um trecho do Baghavad Gita, texto que se apresenta como parte de uma obra maior, um dos dois grandes épicos da Índia Antiga: o Mahabharata.
Assim, esse trecho seria, hipotéticamente, palavras de Krishna a Arjuna, antes do início do combate que o último travaria contra seus queridos, devido ao feudo familiar que surgia então.
Arjuna era um guerreiro que, pressionado por ter que enfrentar amigos, mestres e parentes de próximo grau, recusava-se a enfrentá-los, a matá-los ou ferí-los. Fugia assim, de seu destino. Krishna, então, apareceu-lhe e orientou-o a abraçar seu destino sem medos, visto que nada de mal viria se Arjuna executasse seu Dharma sem outras intenções, concentrando-se apenas no ato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário