quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vedas

Grande guerreiro, muitas vezes,
quando alguma aflição se manifesta lentamente em sua vida,
você não age.
Por ser algo percebido como não contundente,
você admite que aquela aflição não passe de um passageiro desconforto e que,
quando desejar,
aí sim você intervirá e resolverá o que preciso for...

Muitas vezes,
agir pelo desejo encerra uma perspectiva egóica e inócua.
Agir, pela necessidade,
sugere uma visão funcional...
Deixe-me dizer algo que aprendi nos campos de batalha:
As lutas são legítimas quando necessárias.
As lutas são inconseqüentes quando desejadas... 
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Estou incerto quanto a fonte mas creio que trata-se de um trecho do Baghavad Gita, texto que se apresenta como parte de uma obra maior, um dos dois grandes épicos da Índia Antiga: o Mahabharata.
Assim, esse trecho seria, hipotéticamente, palavras de Krishna a Arjuna, antes do início do combate que o último travaria contra seus queridos, devido ao feudo familiar que surgia então.

Arjuna era um guerreiro que, pressionado por ter que enfrentar amigos, mestres e parentes de próximo grau, recusava-se a enfrentá-los, a matá-los ou ferí-los. Fugia assim, de seu destino. Krishna, então, apareceu-lhe e orientou-o a abraçar seu destino sem medos, visto que nada de mal viria se Arjuna executasse seu Dharma sem outras intenções, concentrando-se apenas no ato.


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