Face the Demon
You have to face the demon
Your biases and wrong truth
Staying awake until late
To search for some self-respect
You have to pretend you are a stone
Be cold and hard like one
It's time to be bold as tree
Reaching for the skies: time to break free
You know you have no other way
It's sad, but peace may come someday
No matter, now it's time for action
Let's go to war, boy: proceed with discretion
You need to face the demon
Always seeking the truth
No matter what, you know the drill
You will, you will...
You will get hurt
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
O Começo
O Começo
Tudo na vida se expande
O nada já se fez grande
Floresce em cores e som
Mostra o ruim e o bom
O som da vida é origem
Veneno da morte é a vida
A dor se faz pela ferida
A cidade se perde em fuligem
O livro dos dias é pesado
O passo fica descompassado
O choro é então amparado
Página morta que agora se vai
Tudo na vida se expande
O nada já se fez grande
Floresce em cores e som
Mostra o ruim e o bom
O som da vida é origem
Veneno da morte é a vida
A dor se faz pela ferida
A cidade se perde em fuligem
O livro dos dias é pesado
O passo fica descompassado
O choro é então amparado
Página morta que agora se vai
domingo, 21 de junho de 2009
A Receita
Quando o homem inventou a roda
logo Deus inventou o freio,
um dia, um feio inventou a moda,
e toda roda amou o feio"
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
Pra elevar minhas idéias não preciso de incenso
Eu existo porque penso
tenso por isso existo
São sete as chagas de cristo
São muitos os meus pecados
Satanás condecorado
na tv tem um programa
Nunca mais a velha chama
Nunca mais o céu do lado
Disneylândia eldorado
Vamos nós dançar na lama
Bye bye adeus Gene Kelly
Como santo me revele
como sinto como passo
Carne viva atrás da pele
aqui vive-se à míngua
Não tenho papas na língua
Não trago padres na alma
Minha pátria é minha íngua
Me conheço como a palma
da platéia calorosa
Eu vi o calo na rosa
eu vi a ferida aberta
Eu tenho a palavra certa
pra doutor não reclamar
Mas a minha mente boquiaberta
Precisa mesmo deserta
Aprender aprender a soletrar
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
Não me diga que me ama
Não me queira não me afague
Sentimento pegue e pague
emoção compre em tablete
Mastigue como chiclete
jogue fora na sarjeta
Compre um lote do futuro
cheque para trinta dias
Nosso plano de seguro
cobre a sua carência
Eu perdi o paraíso
mas ganhei inteligência
Demência, felicidade,
propriedade privada
Não se prive não se prove
Dont't tell me peace and love
Tome logo um engov
pra curar sua ressaca
Da modernidade essa armadilha
Matilha de cães raivosos e assustados
O presente não devolve o troco do passado
Sofrimento não é amargura
Tristeza não é pecado
Lugar de ser feliz não é supermercado
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
O inferno é escuro
não tem água encanada
Não tem porta não tem muro
Não tem porteiro na entrada
E o céu será divino
confortável condomínio
Com anjos cantando hosanas
nas alturas nas alturas
Onde tudo é nobre
e tudo tem nome
Onde os cães só latem
Pra enxotar a fome
Todo mundo quer quer
Quer subir na vida
Se subir ladeira espere a descida
Se na hora "h"o elevador parar
No vigésimo quinto andar
der aquele enguiço
Sempre vai haver uma escada de serviço
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
Todo mundo sabe tudo todo mundo fala
Mas a língua do mudo ninguém quer estudá-la
Quem não quer suar camisa não carrega mala
Revólver que ninguém usa não dispara bala
Casa grande faz fuxico quem leva fama é a senzala
Pra chegar na minha cama tem que passar pela sala
Quem não sabe dá bandeira quem sabe que sabia cala
Liga aí porta-bandeira não é mestre-sala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
logo Deus inventou o freio,
um dia, um feio inventou a moda,
e toda roda amou o feio"
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
Pra elevar minhas idéias não preciso de incenso
Eu existo porque penso
tenso por isso existo
São sete as chagas de cristo
São muitos os meus pecados
Satanás condecorado
na tv tem um programa
Nunca mais a velha chama
Nunca mais o céu do lado
Disneylândia eldorado
Vamos nós dançar na lama
Bye bye adeus Gene Kelly
Como santo me revele
como sinto como passo
Carne viva atrás da pele
aqui vive-se à míngua
Não tenho papas na língua
Não trago padres na alma
Minha pátria é minha íngua
Me conheço como a palma
da platéia calorosa
Eu vi o calo na rosa
eu vi a ferida aberta
Eu tenho a palavra certa
pra doutor não reclamar
Mas a minha mente boquiaberta
Precisa mesmo deserta
Aprender aprender a soletrar
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
Não me diga que me ama
Não me queira não me afague
Sentimento pegue e pague
emoção compre em tablete
Mastigue como chiclete
jogue fora na sarjeta
Compre um lote do futuro
cheque para trinta dias
Nosso plano de seguro
cobre a sua carência
Eu perdi o paraíso
mas ganhei inteligência
Demência, felicidade,
propriedade privada
Não se prive não se prove
Dont't tell me peace and love
Tome logo um engov
pra curar sua ressaca
Da modernidade essa armadilha
Matilha de cães raivosos e assustados
O presente não devolve o troco do passado
Sofrimento não é amargura
Tristeza não é pecado
Lugar de ser feliz não é supermercado
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
O inferno é escuro
não tem água encanada
Não tem porta não tem muro
Não tem porteiro na entrada
E o céu será divino
confortável condomínio
Com anjos cantando hosanas
nas alturas nas alturas
Onde tudo é nobre
e tudo tem nome
Onde os cães só latem
Pra enxotar a fome
Todo mundo quer quer
Quer subir na vida
Se subir ladeira espere a descida
Se na hora "h"o elevador parar
No vigésimo quinto andar
der aquele enguiço
Sempre vai haver uma escada de serviço
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
Todo mundo sabe tudo todo mundo fala
Mas a língua do mudo ninguém quer estudá-la
Quem não quer suar camisa não carrega mala
Revólver que ninguém usa não dispara bala
Casa grande faz fuxico quem leva fama é a senzala
Pra chegar na minha cama tem que passar pela sala
Quem não sabe dá bandeira quem sabe que sabia cala
Liga aí porta-bandeira não é mestre-sala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
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Salve Zeca Baleiro, Faces do Subúrbio e a nossa inventividade lírica!
Comercial de Margarina
Aqui é Marcelo Melo, tem alguém aí? Câmbio.
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Comercial de Margarina
Não sou um comercial de margarina
já que vez ou outra a vida ensina
Que a coisa é complicada
E o que era atoleiro
Se torna enrascada
Não sou feliz vez ou outra
E não é te ver sem roupa
Que vai fazer isso mudar
Porque há dias como hoje
Em que tudo está parado
O amanhã, equivocado
Você não entende
Que minha dor já não te surpreende
Mais
E há certa confusão
Entre fofoca e confissão
São dias de muita pressão
Em que nada se parecem
Com qualquer comercial
De televisão
Da Vivência
Porque, se me derem, eu queimo até um caminhão de crack! XD
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Da Vivência
O homem adquire, através de sua sensorialidade, impressões externas a ele apresentadas. A consciência torna-se, portanto, recurso de depuração qualitativo do meio externo. A vivência, produto da soma das experiências e de suas depurações, resume, em sentido amplo, o conjunto de possibilidades concretizadas no curso de uma vida.
Poderia-se afirmar que, das não concretizadas, ocuparia-se o sonho. Contradição, pois o mesmo, em seu caráter especulativo, deriva-se da vivência. Afirmar também que as possibilidades concretizáveis são derivações orgânicas das possibilidades vivenciadas por se tratarem de escolhas potenciais é aceitável, porém simplista.
As escolhas vivenciáveis estão em posição obscura, por se tratarem de vivências irreais e ainda, derivadas do empíricamente possível. Não se tratam de irrealidades, perdendo assim o local seguro que a impossibilidade fática as proporciona.
A pergunta que exprime o antagonismo é: o que é aquilo empíricamente aceitável, porém não realizado em determinada circunstância, se o mesmo possui potencial de acontecer, em circunstância outra?
Lidamos com algo que não é impossível mas que não aconteceu. Em determinados casos, sua ocorrência vivencial não é mais aceitável, mas não falamos de um anátema lógico. É válida a existência da zona cinza que abriga o lógico inconcretizável?
Esta é a primeira questão vivencial levantada. Sendo o lógico inconcretizável derivado da vivência, possuiiria ela um aspecto intolerável, aonde se viveria o não vivenciável?
Esta situação seria dirimida ao aceitarmos a idéia de multiversos análogos aonde tudo o que for lógico e vivêncável eventualmente os erá. Veria-se , em tempo hábil, o esgotamento das possibilidades. O destino do multiverso é, neste aspecto, a repetição.
Tratando-se de apenas um universo de tempo sequencial e não retroativo, pode-se especular que surja, até a resolução desta problemática, uma outra categoria de fatos ou eventos.
Portanto, temos:
Fatos ocorridos
Fatos em ocorrência
Fatos que ocorrerão
Fatos que ocorreriam*
*Nova categoria fático-temporal
------
¹ A incerteza sobre a natureza destes fatos não impede a teorização de qe que existe um número N de ocorrência futuras que é variável caso exista qualquer grau de acaso ou ainda fixo, caso haja predestinação pura.
-------
Teorizo sober a idéia da existência de um quarto modo temporal, que, simbolicamente, é equivalente na língua portuguesa do presente imperfeito. Este modo cronológico não me parece possuir um fluxo apreciável como os fluxos cronológicos factuais ou prováveis que conhecemos. Ao contrário, me parece ser ausente de fluxo.
Sua representação visual é a de uma suspensão composta de 60% de líquido e 40% de partículas sólidas em suspensão, que, simbólicamente, representam os eventos latentes à espera de ordenamento.
Como o presente é apenas conceituação simbólica, parece-me razoável imaginar o passado e o futuro como induções de corrente neste fluxo, fazendo com que algumas partículas ganhem ordenamento e outras, por se tratarem de ocorrências incompatíveis no fluxo de eventos, permanceçam no fundo, em suspensão.
Ressalta-se que, em termos de decorrência , a idéia de passado é figurativa e referencial. Dentro e de acordo com meu fluxo de idéias, ao tomarmos dois pontos noe spaço-tempo como sendo A e B e considerando que A ocorreu antes de B, não se pode retornar à A sem manter-se o referencial temporal préviamente adotado. Caso haja uma inversão, pode-se ir ao futuro através das próprias pegadas.
assim, tendo a acreditar que o fluxo no tempo da suspensão, não importa a direção simbólica que tome, culminará com o eterno avanço, mesmo que, referencialmente, seja para trás.
O Mito
O processo de amadurecimento emocional, a transição da fase infantil para a juveni,l implica necessariamente na reconstrução mitológica. No meu caso, me vi sustentando meus mitos por períodos mais longos, até talvez o final da adolescência. Não os sustentava mais por ingênuidade infantil, mas porque era divertido.
O mundo mágico costuma, com suas luzes e formas não científicas, ser bem mais atraente.
Se era divertido, tive que tristemente, apagar boa parte do lúdico que eu supunha que, ao menos uma vez, poderia ser real e me render à realidade. Isso não quis dizer que eu perdi minha ludicidade ou ainda a criatividade, mas sim a esperança de que o mundo mágico se manifestasse. Pouco dela resta mas, como uma brasa que esmorece, o brilho ainda é forte.
Porque, se tudo der certo, ainda veremos robôs gigantes cruzando a Avenida Senador Salgado Filho.
sábado, 20 de junho de 2009
Pés e Corpo
Pés feridos, Corpo Cansado
Existem dias que não dão resultados. Dias que nem acabaram mas, para certas coisas, já chegaram ao fim. Ainda assim, mesmo com um prematuro fim, eu sou bilhões de células. Somos uma Legião Urbana.
E viva Renato Soviético.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Aforisma!
Porque tem dias, raríssimos, em que me sinto importante! :D
"É compreensível não se querer crescer em um mundo em que a maioria das pessoas seja tão pequena. Algumas, até, aproximam-se das bestas."
-Marcelo Melo
domingo, 14 de junho de 2009
Gente
Gente
Essa gente que diz ter compromisso
Mas que some e vive ocupada demais
Que te convence que não é nada disso
Que o erro é culpa de sermos mortais
Essa gente que não sente a miséria
De ser mais um entre bilhões de pessoas
Da inocência em não se ser querido como se quer
Do afago errado nos braços de outra mulher
Essa gente que funciona dia sim, dia não
E que te cobra muita participação
Que aparece quando quer chorar a solidão
Que vive de conversas curtas, de pouca emoção
Essa gente que sofre como nós
E que por sofrer, vêm e nos faz sofrer
Só que eles também têm um algoz
O ser humano fez da dor um estranho lazer
Essa gente de quem eu gosto tanto
Que sente culpa por não gostar também de mim
Que me encanta demais com tão pouco
Que profere o não no lugar do sim
Vamos viver, que não querem viver conosco
Vamos viver, talvez não possam, talvez não digam
Vamos viver, porque o resultado do apego é a morte
Vamos viver, porque vivendo também se encontra a sorte
sábado, 13 de junho de 2009
Sentir o Mar
Sentir o Mar
É como em um jogo
Sempre se acredita poder tentar denovo
Tudo se resolve no apertar de um botão
O apressado ganha tempo e o pequeno, proporção
É tudo tão fácil que nem há diversão
Tudo tão direto no apertar de um botão
E não há nenhuma crise
Para te colocar em perigo
Tudo continua normal
Eu não me sinto tão necessário
Enquanto tudo está ruindo
Continuo prosseguindo
Sozinho, ao menos não há ninguém comigo
E isso é bom, ao menos por hoje
Hoje eu vou sorrir para alguém
Vou imaginar que ela está aqui
Hoje eu vou sentir o mar nos meus pés
Vou me divertir
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Sims
Dia dos Namorados...
Ah, que coisa bonita!
Nada melhor do que comprar The Sims 3 e fazer o meu romance acontecer.
Deus abençoe o The Sims: lá, ela é minha vizinha.
Como um Deus
Hora de voltar para a prosa....
Pintores como eu são, essencialmente, simulacros de Deuses. Dar a vida ao nada ou, ainda, ao incompleto é um trabalho divino. As mulheres, em parte, também o são. Por dar a vida entenda-se como o processo transitório de um estado conceitual para outro. Minhas miniaturas, antes da pintura, são pouco. Após acender-se a chama da existência, tornam-se mais. Vejam bem, mais, não muito.
Assim como nós, querem ser muito mas, no fundo, poderiam ser mais alegres por serem mais do que teriam sido, caso não tivessem sido tocadas.
Os artistas são, essencialmente, simulacros divinos. A criação é divina, a destruição, não sei.
Deus não se repete: eu criei um padrão para minhas miniaturas. Ainda assim, mesmo obedecendo os padrões, cada uma é essencialmente única. Cada sentido de pincelada torna-as individuais. Uma sombra aplicada em local diferente as diferencia. Esses pequenos detalhes, assim como os defeitos dos borrões que deixei e não vi, só se vê de perto.
Não é nada diferente de nós. De longe, todos parecem iguais. O padrão se repete, a miríade composta por defeitos e características, toques pessoais, não.
Temos o toque pessoal do criador em nós, sem dúvida.
Assim como Deus, eu sou um homem solitário. Admito que existam outros como eu, outros criadores. Não sei aonde estão. Não estou destinado a me reproduzir, pois já sou.
A diferença é que a solidão de Deus não o incomoda, não mais, já que ele criou o todo à partir do nada. No meu caso, particularmente, minhas ferramentas de geração de companhia não são suficientes.
Eu estou sozinho.
Sem Resposta
Sem Resposta
Não tenho resposta para te dar
Será que você não vê
Sei que o sentimento pode mudar
Mas não hoje, não comigo, nem com você
terça-feira, 9 de junho de 2009
Como Você Disse
Como Você Disse
Eu rejeito os meus amigos
Vez ou outra eles falam a verdade
Não há tanta coragem na minha idade
Fantasio com eles, crio perigos pela metade
Eu tenho alguns discos
Já me disseram muita coisa e me ajudaram
Mas hoje falam pouco, como você
Sua beleza me atrai mas hoje à noite eu não quero
Te querer
Você me encanta e espanta
Como sua beleza, que é tanta
É tão distante por não saber ser exata
Não falar o que sente talvez por não sentir
Também não saber que é seu sorriso mudo que me mata
Ou saber e fingir...
Eu não sei
Eu não me explico
Eu já fui tantos antes e ainda assim não sei quem sou
Eu nasci e ainda não explicaram para onde vou
Mas acreditam que eu vou ser alguém importante
Eles gostam de mim, às vezes é o bastante
Eu imagino
Se você aceitaria o fato de eu não ser como você
Que eu sou diferente, também displicente, querer entender
O que há em sua mente ainda aceitando que não há como ver
Como você me vê
Como você disse, um espelho fumê
Triste Realidade
domingo, 7 de junho de 2009
Petrópolis
Petrópolis
Hoje a lua é cheia
E assim como ela
A minha cabeça
Você não complica, clareia
Traz o mundo de volta
De onde ele foi
Mas as decepções que trazes
São tão eficazes
Em me magoar
Você não sabe como entristeço
E por isso não esqueço
De te ligar
Você não faz por mal
Seria o final
Da minha ilusão
Eu te imaginei de um jeito
Tão bom que era perfeito
Mas não és isso não
Você me olha assim, estranho
Com sorriso tamanho
Parece sem fim
Só que existe algo errado
Seu coração é cerrado
Apesar da abertura
Você não entende o esforço
De não ter com o menor compromisso
E pior, não passar disso
Existem locais escondidos
No desconhecido das ruas daqui
Lá há memórias criadas
Dos presentes, cantadas
Que eu não te dei
Mas tua imagem é minha
E isso nem sempre eu tinha
Houve dias em que não pensei em você
Dela faço o que quero
Mas o respeito é o mesmo
Há todo um esmero
Por sua ficção
Você continua escondida
Por aí, não sei onde
Mas não tão adormecida
No meu coração
sábado, 6 de junho de 2009
Comunhão
Comunhão
Eu te disse que ligava
E sabia que você não acreditava
Nisso
Não queria que você pensasse
Que cada palavra que falasse
Representaria compromisso
Não sou dona da situação
Mas controlo o sim e o não
Que definem a nossa questão
Mas não pense que é fato
Que o nosso grande hiato
Seja igual a uma rejeição
Mas entenda o seguinte
Que qualquer requinte
Não faz de uma coisa, outra
Coração não é razão
Meu sorriso não é atração
Não se chega ao céu descendo
E sorrindo eu vou vivendo
Intimidade nem sempre é comunhão
Dance
Lunares - Dance
Eu danço no espelho
Hoje a minha imagem está mais feliz
Com ela eu danço, com ela eu me confundo
Eu gosto, eu acho...
Hoje a minha imagem está mais feliz
Hoje a minha imagem está mais feliz
Eu vejo cores falsas radiantes
Eu sinto movimentos flutuantes
Eu danço deprimente no espelho
Eu gosto, eu acho...
Venha, dance comigo e quebre meu espelho
Venha, dance comigo e quebre meu espelho
Venha, dance comigo e quebre meu espelho
Venha, dance comigo e quebre meu espelho
Venha
Volte e, quando desfizer as malas, venha.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Nariz...nariz...
O Nariz
Quero o fim da tormento
Que eu mesmo alimento
Com as pequenas coisas
Palavras jogadas ao vento
Alguma liberdade, sem religião
O caminho certo para o seu coração
A busca involuntária da dor
E o medo, segredo, o terror
Que reside na cor
Negra dos seus olhos
Pedir, acreditar
Que amanhã e depois do meu sono
Eu vou voltar para lembrar
Que o ontem foi viagem
Teias imagem, risos e passagem
Entre eu e você, o mundo também
Só que eu acabei te deixando a pé
Segui adiante no tempo corrido do trem
Você quer alguém?
Será que esse alguém te aceita a ponto
De enganar a razão, vivendo o confronto
De se ver no outro
Eu não me vejo nem no espelho
Será por isso que dizem que eu não tenho futuro?
Por ficar parado e pensando sentado no muro?
Eu quero tanto mas nem sempre pareço mostrar
E não ajo te fazendo pensar que não quero mudar!
Já gostei a primeira, segunda e terceira vista
Só que nem sempre elas se tornam mais uma na lista
Que só cresce mostrando que o tempo está a passar
E cada fracasso atesta que eu posso mudar
Nem que seja no nome, no telefone
Eu estou sempre a mudar, nas coisas erradas
Segundo os especialistas sobre minha vida
Que acabam parando o conselho para consertar
As próprias roubadas
Já que ninguém é santo, perfeito, isso me dói
A velhice acaba com os sonhos que a infância constrói
Eu queria ser melhor, mais ativo, mais carinhoso
Mas geralmente elas me vêem com um sorriso jocoso
Jocoso de quem sabe que eu não convenço
Depois de um meses relaxo e reapareço
Eu adoro o seu corpo, apesar do nariz
Mas não acho que o meu inteiro te faça feliz
Chico Ciência
"Embora a medicina seja rica de exemplos de conhecimento obtido por meio do senso comum e da própria experiência, sua velocidade de crescimento é pequena, comparada com a ciência. Um dos motivos dessa diferença é que a ciência procura sistematicamente melhorar seus padrões de crítica, aumentando, por exemplo, a refutabilidade de suas hipóteses e o rigor de seus testes. O senso comum limita-se a tentar resolver problemas de ordem prática. Quando determinado conhecimento funciona bem, dentro das finalidades para o qual foi criado, ele continuará a ser utilizado sem muito questionamento.
O conhecimento científico procura sempre criticar uma hipótese, mesmo que ela resolva satisfatoriamente os problemas para os quais ela foi concebida. Quanto maior a refutabilidade e rigor dos testes, maior será o grau de cientificidade de um campo do conhecimento, o espírito crítico e a velocidade de expansão em direção a novos problemas, hipóteses, etc"
-Antônio Egídio Nardi.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Depois do Almoço
Depois do Almoço
Há dias em que acordo bem
E não penso em nada além
Das minhas pequenas coisas, meu umbigo
E em você
E quando chove depois do almoço
Eu penso que seria bom dormir
E não sonhar com nada ruim
Nem que seja só por hoje, dormir
Quando eu me lembro de nós
Que vivíamos em um universo particular
Perdidos em um mundo maior, estranho
Fico com saudade só em lembrar
E você olha para mim
Com um jeito diferente à cada dia
Nem se parece consigo mesma, ontem
Outro ser de mesma fisionomia
"São as ruas por onde não vi
São as praças, fontes e jardim"
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Fasciculações
Fasciculações
A mente não aguenta a dor
No meio de tanto tédio
Nada parece ser remédio
Para resgatar algo que ficou
Ali atrás, nem parecia capaz
De me sentir mal
Hoje, ao contrário, é algo tão banal
O corpo decanta o sofrimento
Em cada espasmo e lamento
Que você vez ou outra ouve
Mas você não entende
Porque a dor que sente é outra
Nasci pela dor e dela me sustento
Seria estranho se não fosse normal
Você teria coragem de perguntar na rua
Porque sua santa vizinha anda pela casa, nua
Se exibindo, estendendo roupas no quintal
Será a dor que a despe, no final?
A dor que me alimenta, que me faz normal
E só o excesso me faz diferente
O excesso de quem tenta não saber o que sente
Cão!
Dia de Cão
Ah, dia de cão
Hoje saí em contramão
Pelos caminhos da vida
Curtindo a solidão
Que vem com cada ferida
Ah, hoje eu não vi o mar
Nada interessante para te falar
Mas há sempre o medo
E conforme continuo a cantar
Ele já não é segredo
Falta continuidade
Para meus sorrisos e desejos
Não pareço ter minha idade
Eu me perdi no calendário, meu bem
Você não sabe o gosto que isso tem
Cada nova doença é uma forma de falar
Que eu nem sempre tenho algo para contar
Que hoje eu não vi o mar
Que parece que tudo não saiu do lugar
terça-feira, 19 de maio de 2009
!!!!!
Chega
Você chegou lá
Tirou o engasgo
Matou o marasmo
Não atende ao celular
Disse o que queria
Para alguém arrependido
De não ter se arrependido antes
E os seus olhos
Eu os vi diferentes
O que você vai fazer
Depois de perder seu objetivo
Depois de ter chegado a esse lugar
De ter chegado lá?
Você chegou lá
Tirou o engasgo
Matou o marasmo
Não atende ao celular
Disse o que queria
Para alguém arrependido
De não ter se arrependido antes
E os seus olhos
Eu os vi diferentes
O que você vai fazer
Depois de perder seu objetivo
Depois de ter chegado a esse lugar
De ter chegado lá?
domingo, 17 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Uma Casa
Uma Casa
Eu quero uma casa no campo
Longe de tudo isso aqui
Um espaço novo, um recanto
Longe inclusive de mim
Eu não tenho promessas vazias
Apesar de estar cheio de dívidas
Então vem o sol e clareia
Os medos que existirão
Eu não tenho infitino particular
Nem casa de campo para morar
Tem dias que não quero rimar
E não tenho habilidade para mostrar
Eu quero uma casa no campo
O campo talvez não me queira
Já me sinto tão contaminado
Talvez quem esteja errado seja eu
sábado, 9 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Ezequiel
E aí, vendo Pulp Fiction, eu me lembro do cansaço.
Não que Pulp Fiction transmita isso, mas definitivamente eu sinto tal coisa no momento.
Cansaço físico, cansaço disso, daquilo.
Já notaram como é difícil ligar a TV e não ver alguma demonstração de violência física, para não falar da social ou psicológica?
Cansa.
Eu não vou dissertar sobre as presepadas do mundo porque, no momento, estou cansado. Antes mudasse algo, antes mudasse algo no contexto amplo.
Vou citar uma passagem do filme que, por sua vez, cita uma passagem da bíblia.
Ezequiel 25:17
"O caminho do homem justo é rodeado por todos os lados pelas injustiças dos egoístas e pela tirania dos homens de mal. Abençoado é aquele que no nome da caridade e da boa-vontade pastoreia os fracos pelo vale de escuridão, para quem ele é verdadeiramente o seu irmão protetor e aquele que encontra as suas crianças perdidas e eu atacarei com grande vingança e raiva furiosa todos aqueles que tentam envenenar e destruir os meus irmãos. Tu saberás que chamo-me Senhor quando a minha vingança cair sobre ti"
"The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who, in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother's keeper and the finder of lost children.And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee!".
Enquanto isso, enquanto qualquer coisa, eu vou tentando voltar a postar no "Segura".
www.seguranamaodedeus.wordpress.com
terça-feira, 28 de abril de 2009
Engraçado Ver
Eu não sei de nada
Só sei que essa estrada
Está por começar
E o que quer que seja
Que a gente almeja
Por vir a nos deixar
Eu não tenho nada
Além de minha rima
Minha auto-estima
Mentiras por contar
Eu não entendo porque
Não consigo escrever
E ainda assim escrevo
De outro jeito, sem saber
Eu tenho tanto sono
E ainda cabe um sonho
No meio daquela escuridão
Que se concretiza
Toda noite à fora
Devido à nossa condição
Mas você não dorme
Não quando eu o faço
Não é embaraço
Ficar vendo TV
Engraçado ver
Que o que me sustenta
Não é o mesmo em você
terça-feira, 21 de abril de 2009
Ocasião
Ocasião
É momento certeiro, aposta de ocasião
Quando fico triste, componho
Quando estou alegre, não
Eu não entendo o mundo
Parte dele não me entende também
Não sei se sou feliz sozinho
Se sou completo sem alguém
O fato é que há um caminho
Seja à pé, de carro ou de trem
A poesia é fruto da minha solidão
Luz criativa vinda, quem diria
De tanta escuridão
E assim fica o relato
De um homem um pouco mais sozinho
Agora, que o fim é um fato
Deus nos ajude sozinhos
Porque da relação, só há o hiato
Click
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- The Cars - "Magic"
- The Kinks - "Do It Again"
- The Offspring - "Come Out and Play(Keep 'Em Separated)"
- Gwen Stefani - "Cool"
- Ric Ocasek - "Everybody"
- Carole King - "I Feel the Earth Move"
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- ESP - "Sequence Groove"
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- John Pagano - "Call me Irresponsible"
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- Foreigner - "Love Isn't Always On Time"
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Fala
Eu sou tanto
Tanto medo da raiva humana
Do fim do mundo e da violência
Eu oro tentando ajudar quem posso
Mas, quando não dá certo, eu corro até a ciência
Sou dez, trinta, um
Creio estar em todos os lugares
Mas, às vezes, estar dentro deste quarto...
Estar dentro deste quarto é estar em lugar nenhum
Tenho amigos que têm amigos
E por acaso, também andam comigo
Amigos, amigas, amiga de um amigo
Eu tenho isso mas, às vezes
Não vejo nada além de meu umbigo
Não tenho tanto dinheiro quanto gostaria
Menos do que posso gastar
Tenho uma dor na mão esquerda
Que tenta, com certo sucesso, me preocupar
Sou um homem frouxo que nem a psicóloga conseguiu ajudar
Porque, às vezes, não se sabe ao certo o que falar
Eu ando todos os dias mas nem sempre saio do lugar
Ela não entende a minha dor ao não saber em que página do livro de psicologia ela está
Me chamaram de homem, Marcelo, brasileiro, inteligente, um monte de coisas
Fora todas as outras que eu tenho receio em relatar
Vários nomes que formam a cola que ajuda a prender tantas folhas soltas
Sou uma fala que cala, por vezes por não saber o que pensar
Calo e falo, como Callas e Callo. Cores curiosas que formam o meu linguajar
Sou uma voz que não quer calar
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Duo
Depois de algum tempo...
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Escolhas
(Almodóvar, Frida Callo) [Cores de...]
Há quem escolha porque pode
Há quem escolha por não poder escolher
Palavras vêm quando não espero
Espero poder esperar
Quero possuir o fato
Perdido entre concreto e abstrato
Entender o sentido do relato
De tanta necessidade por escolha
As escolhas q nao fizeram ou fizeram a mim, as que fiz e preciso fazer...o dilema de decidir, a responsabilidade de crescer
palavras que vêm....material, objeto, vontade, realidade, construir, passo, andar, pele,
sábado, 7 de março de 2009
Aço
Todo mundo fica melhor quando sorri
Não é impressão, é verdade
Mas se você duvida
Olhe para essa gente pela cidade
Será que existe algo errado
Será que há um culpado
Será que a culpa é minha
De tanto barulho e repetição
O mundo está tão repetido
Será que você não vê
Eu ando arrependido
Infeliz é quem paga carnê
Será que a rima se foi
Entregue a um interesse estranho
Aliado a medo sem tamanho
Será que eu sei do teu cheiro
Que você não exala para mim
Estou perdido neste tiroteio
Não sei mais o que é bom ou ruim
As luzes estão tão soltas
Entre espaços concretos e cacos
Há um Deus para perdoar os fracos?
Nestes cacos, há minhas memórias
Meu passados e pequenas glórias
Vitórias que você não viu
Eu sinto o medo do futuro
E o além é um quarto escuro
Sua mão não é alcançável
Eu não presto mas sou reciclável
Espero que você me escute
Eu estou falando sem parar
Perdoe, não me controlo
Eu te dou pronomes e verbos
São tantos, já sinto cansaço
Prossigo mesmo não sendo de aço
Não é impressão, é verdade
Mas se você duvida
Olhe para essa gente pela cidade
Será que existe algo errado
Será que há um culpado
Será que a culpa é minha
De tanto barulho e repetição
O mundo está tão repetido
Será que você não vê
Eu ando arrependido
Infeliz é quem paga carnê
Será que a rima se foi
Entregue a um interesse estranho
Aliado a medo sem tamanho
Será que eu sei do teu cheiro
Que você não exala para mim
Estou perdido neste tiroteio
Não sei mais o que é bom ou ruim
As luzes estão tão soltas
Entre espaços concretos e cacos
Há um Deus para perdoar os fracos?
Nestes cacos, há minhas memórias
Meu passados e pequenas glórias
Vitórias que você não viu
Eu sinto o medo do futuro
E o além é um quarto escuro
Sua mão não é alcançável
Eu não presto mas sou reciclável
Espero que você me escute
Eu estou falando sem parar
Perdoe, não me controlo
Eu te dou pronomes e verbos
São tantos, já sinto cansaço
Prossigo mesmo não sendo de aço
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Meus Afetos
"O problema é que meus afetos estão afetados e que eu não vejo mas não exergo soluções, mesmo olhando para quase todos os lados".
- Quem é Marcelo Melo? Editora das Vozes, 1a Edição.
Hoje eu vou escrever sobre afetos afetados. Parece que Jung e outros tratam/trataram sobre eles. Sobre tais teses, pouco sei. Não estudei, apenas inventei. Invento coisas em minha cabeça para depois descobrir que não fazem sentido ou, melhor ainda, que alguém academicamente mais importante já pensou o mesmo. Me sinto corroborado, quase um pop star.
Eu não estudei Jung por preguiça e não vou estudar esse ano porque não passei no vestibular.
Tem horas que enche o saco de rimar.
Voltando ao assunto dos afetos, é impressionante ver como muitos dos meus afetos sobre várias coisas estão agredidos, deturpados, negativizados. Existe uma lógica pouco racional, que se submetida a análise cairia por não ser embasada em uma sequência definida, pontual e coerente para vários analisadores independentes,que os permeia. O afeto, segundo minha pessoa, é o conjunto de valores conscientes que um indivíduo tem sobre um aspecto da existência. Tais valores, creio com convicção, são influenciados por uma rede de impressões passadas que se fazem presentes através de sensações pouco explicáveis à luz da mente consciente. Esta rede permanece em nosso subconsciente e em nossa memória latente.
Assim, tem-se uma impressão sobre algo que muitas vezes não se explica com clareza, ou ainda: não se explica a explicação. O motivo permanece oculto no subconsciente. Eu preciso trabalhar meus afetos, mas a psicoterapia paga não está ajudando. Eu também não estou ajudando. Creio que, se a necessidade psictoerápica fosse tão grande quando digo ser, teria desviado cada centavo e recurso para sua realização. Talvez não seja, sendo apenas um hálibi para minha possível personalidade masoquista, carente de atenção, carente de qualquer coisa.
Mas todos nós somos carentes de algo, é aí que entram as religiões. Sejam elas a ciência, a religião espiritual ou ainda o consumismo.
No mais, estou feliz por ter conseguido escrever algo que não sejam rimas.
Cores de Almodóvar, cores de Frida Callo, cores....
Pela janela do carro, pela janela....
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Admiráveis
De alguma forma...
Somos ausentes
Espairecendo na dúvida
Trazendo o rancor à tona
Brincando no sonho desperto
De nossos pensamentos
Somos, de alguma forma
Capazes de muito
E tão impossibilitados
Por tanto, tantas, tanta coisa
Tantos tantos
De alguma forma, ainda somos
Apesar do pesar, dos sorrisos
Ainda temos o seu olhar
Que está lá, de algum jeito, seja qual for
Apesar do pesar, vendo
Vendo no que vai dar
Somos grãos de poeira dançantes
Em nossas cores
Que também são de Frida Callo, mas não só dela
Cada um é um tom em meio a essa aquarela
De alguma forma, somos cores
Cores admiráveis
De alguma forma admiráveis
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Azul-Mar
Sim...eu estou vivo. Faz quase um mês, eu sei.
Parece que a intensidade de outrora foi substituída por um marasmo...marasmo te a ver com o mar, não? Fica uma sobre ele, la mer.
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Azul-Mar
(Salve Cazuza)
Eu imagino o que os astros me dizem
E o que essa dor quer dizer para você
Qual é a fera que reside no homem
O silêcio do que não era para ser
Me diz o que quero saber
Quando complica e fica...complicado
A estupidez que não tem mais fim
É fim de mês e o salário atrasado
Todo o "não " que existe no "sim"
Me fala o que quero ouvir
Olhos afoitos, procurando um remédio
A prevenção, as perdas e danos
Algo animado que espante o tédio
De todos esses vinte e quatro anos
Porque é que a gente é assim?
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Porque eu acho que, nessa vida, nós vemos uma quantidade absurda do tal negócio chamado "aquilo que queremos ver".
"O tal negócio", Marcelo, você não escrevia assim!
Eu sei, é o tal negócio, né?
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Oportunidade Única
Oportunidade Única
Ah, me dá oportunidade
De falar a verdade
De não ser só metade
De esquecer a cidade
E essa fumaça que impede
Que eu veja o que ocorre
Dentro do seu...eu não sei
Já faz algum tempo
Estou desatento
Já nem lembro mais
E eu sei que, no fundo
Basta só um segundo
Para te esquecer
Porque não é você
É assim com o mundo
O problema sou eu
Caso haja problema
Eu não sou mais emblema
De qualquer perfeição
Eu me sinto cansado
Mesmo acompanhado
Ainda há solidão
Eu quero que saibas
Que não é o dinheiro
Nem tãopouco o mistério
Que existe entre nós
É o "algo" perdido
O sorriso escondido
Que já pensei ser fingido
Mas não era não
Isso nada mais é
Algo feito a maré
Vai e vem quando quer
É só admiração
domingo, 18 de janeiro de 2009
A Mágica
A Mágica
O meu remédio é controlado
E minha cura acessível
Com receita ou sem receita
Tem dias em que estou horrível
Ainda assim, eu prossigo
Porque comigo prossegue o mundo
E ele não pára para me esperar
Nem por um segundo
O que é a inspiração
Senão o sintoma da apatia
Que surge em um excesso
De tristeza ou alegria
Não há nada que se faça sem medo
E sem a tensão de se fazer este segredo
Medo e tensão são molas da mágica
Que é poesia de vida, alegre ou trágica
Saiba, você se conhecerá
Quando souber que não me entende
E então compreenderá
Que só sou assim, baby....
Pois só agrada quem surpreende
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
As Armas de Jorge
Jorge Ben, que suas palavras se tornem fatos e eu também permaneça protegido.
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Jorge Ben - Jorge da Capadócia
Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés, não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos, não me peguem, não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo, meu corpo não alcançará
Facas, lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar
Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é de Capadócia, viva Jorge!
Jorge é de Capadócia, salve Jorge!
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum
Ogam, Ogam toca pra Ogum
Jorge é da Capadócia
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés, não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos, não me peguem, não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo, meu corpo não alcançará
Facas, lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar
Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é de Capadócia, viva Jorge!
Jorge é de Capadócia, salve Jorge!
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum
Ogam, Ogam toca pra Ogum
Jorge é da Capadócia
domingo, 11 de janeiro de 2009
Ano Novo - Neurose
Ano novo
Mesmas contas à pagar
Reprovado no vestibular
Cursinho para cursar
Sem dinheiro para pagar
Amigos para aconselhar
Conselhos para modificar
Essa neurose fórmica de pensar
Alguém, precisa me ajudar
Mas não tenho dinheiro para dar
Tenho rima, neurose e vestibular
Reprovação no vestibular
Raiva humana, medo, ansiedade, cognição
Tudo mais ou menos estável dentro do meu coração
Clonazepam ajuda, dia sim, dia não
Eu preciso de ajuda que não venha da medicação
Mas você, você vai me ajudar?
Você vai contribuir ou pagar?
Hoje tanto é dinheiro
Dinheiro que não tenho
Dinheiro que quero
Para pagar
Dinheiro para passar no vestibular
"O termo neurose foi criado pelo médico escocês William Cullen em 1769 para indicar "desordens de sentidos e movimento" causadas por "efeitos gerais do sistema nervoso". Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeurose ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer desordem mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. Essa é uma diferença importante em relação à psicose, desordem mais severa."
"Todas as pessoas têm alguns sintomas neuróticos, freqüentemente manifestados nos mecanismos de defesa do ego que as ajudam a lidar com a ansiedade. Mecanismos de defesa que resultam em dificuldades para viver são chamados "neuroses" e são tratados pela psicanálise, psicoterapia/aconselhamento, ou outras técnicas psiquiátricas."
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