sábado, 28 de fevereiro de 2009

Meus Afetos

"O problema é que meus afetos estão afetados e que eu não vejo mas não exergo soluções, mesmo olhando para quase todos os lados".
                                                          - Quem é Marcelo Melo? Editora das Vozes, 1a Edição.


Hoje eu vou escrever sobre afetos afetados.  Parece que Jung e outros tratam/trataram sobre eles. Sobre tais teses, pouco sei. Não estudei, apenas inventei. Invento coisas em minha cabeça para depois descobrir que não fazem sentido ou, melhor ainda, que alguém academicamente mais importante já pensou o mesmo. Me sinto corroborado, quase um pop star.

Eu não estudei Jung por preguiça e não vou estudar esse ano porque não passei no vestibular.

Tem horas que enche o saco de rimar.

Voltando ao assunto dos afetos, é impressionante ver como muitos dos meus afetos sobre várias coisas estão agredidos, deturpados, negativizados. Existe uma lógica pouco racional, que se submetida a análise cairia por não ser embasada em uma sequência definida, pontual e coerente para vários analisadores independentes,que os permeia. O afeto, segundo minha pessoa, é o conjunto de valores conscientes que um indivíduo tem sobre um aspecto da existência. Tais valores, creio com convicção, são influenciados por uma rede de impressões passadas que se fazem presentes através de sensações pouco explicáveis à luz da mente consciente. Esta rede permanece em nosso subconsciente e em nossa memória latente.

Assim, tem-se uma impressão sobre algo que muitas vezes não se explica com clareza, ou ainda: não se explica a explicação. O motivo permanece oculto no subconsciente. Eu preciso trabalhar meus afetos, mas a psicoterapia paga não está ajudando. Eu também não estou ajudando. Creio que, se a necessidade psictoerápica fosse tão grande quando digo ser, teria desviado cada centavo e recurso para sua realização. Talvez não seja, sendo apenas um hálibi para minha possível personalidade masoquista, carente de atenção, carente de qualquer coisa.

Mas todos nós somos carentes de algo, é aí que entram as religiões. Sejam elas a ciência, a religião espiritual ou ainda o consumismo.

No mais, estou feliz por ter conseguido escrever algo que não sejam rimas.

Cores de Almodóvar, cores de Frida Callo, cores....

Pela janela do carro, pela janela....

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Admiráveis

De alguma forma...

Somos ausentes
Espairecendo na dúvida
Trazendo o rancor à tona
Brincando no sonho desperto
De nossos pensamentos

Somos, de alguma forma
Capazes de muito
E tão impossibilitados
Por tanto, tantas, tanta coisa
Tantos tantos
De alguma forma, ainda somos
Apesar do pesar, dos sorrisos

Ainda temos o seu olhar
Que está lá, de algum jeito, seja qual for
Apesar do pesar, vendo
Vendo no que vai dar

Somos grãos de poeira dançantes
Em nossas cores
Que também são de Frida Callo, mas não só dela
Cada um é um tom em meio a essa aquarela
De alguma forma, somos cores
Cores admiráveis
De alguma forma admiráveis

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Azul-Mar

Sim...eu estou vivo. Faz quase um mês, eu sei. 

Parece que a intensidade de outrora foi substituída por um marasmo...marasmo te a ver com o mar, não? Fica uma sobre ele, la mer.
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Azul-Mar
(Salve Cazuza)


Eu imagino o que os astros me dizem
E o que essa dor quer dizer para  você
Qual é a fera que reside no homem
O silêcio do que não era para ser

Me diz o que quero saber

Quando complica e fica...complicado
A estupidez que não tem mais fim
É fim de mês e o salário atrasado
Todo o "não " que existe no "sim"

Me fala o que quero ouvir

Olhos afoitos, procurando um remédio
A prevenção, as perdas e danos
Algo animado que espante o tédio
De todos esses vinte e quatro anos

Porque é que a gente é assim?
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Porque eu acho que, nessa vida, nós vemos uma quantidade absurda do tal negócio chamado "aquilo que queremos ver".

"O tal negócio", Marcelo, você não escrevia assim!

Eu sei, é o tal negócio, né?