sábado, 7 de março de 2009

Aço

Todo mundo fica melhor quando sorri
Não é impressão, é verdade
Mas se você duvida
Olhe para essa gente pela cidade

Será que existe algo errado
Será que há um culpado
Será que a culpa é minha
De tanto barulho e repetição

O mundo está tão repetido
Será que você não vê
Eu ando arrependido
Infeliz é quem paga carnê

Será que a rima se foi
Entregue a um interesse estranho
Aliado a medo sem tamanho
Será que eu sei do teu cheiro
Que você não exala para mim

Estou perdido neste tiroteio
Não sei mais o que é bom ou ruim

As luzes estão tão soltas
Entre espaços concretos e cacos
Há um Deus para perdoar os fracos?
Nestes cacos, há minhas memórias
Meu passados e pequenas glórias
Vitórias que você não viu

Eu sinto o medo do futuro
E o além é um quarto escuro
Sua mão não é alcançável
Eu não presto mas sou reciclável
Espero que você me escute
Eu estou falando sem parar
Perdoe, não me controlo
Eu te dou pronomes e verbos
São tantos, já sinto cansaço

Prossigo mesmo não sendo de aço