terça-feira, 6 de maio de 2008

Oldies but Goodies!

Essa é da época em que eu era criança e andava nu pela casa, tentando colocar as mãos em bolsos que não existiam. Acho que percebi que gostava de rock nessa época.


Inútil

Ultraje A Rigor

Composição: Roger Moreira

A gente não sabemos
Escolher presidente
A gente não sabemos
Tomar conta da gente
A gente não sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nóis é indigente...

Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!

A gente faz carro
E não sabe guiar
A gente faz trilho
E não tem trem prá botar
A gente faz filho
E não consegue criar
A gente pede grana
E não consegue pagar...

Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!

Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!

A gente faz música
E não consegue gravar
A gente escreve livro
E não consegue publicar
A gente escreve peça
E não consegue encenar
A gente joga bola
E não consegue ganhar...

Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
Inútil!
Inútil!
Inú! Inú! Inú!

Amor Filial

Leitores,

"Saiba, todo mundo teve mãe, Índos, Africanos e Alemães".


Pois é, todo mundo aqui nasceu da união de um ser do sexo masculino e de outro do sexo feminino. Falarei um pouco sobre essa questão do amor entre pais e filhos. Antes de tudo, afirmo: Deus me defenda de tentar explicar o que é o amor. Está além das minhas capacidades de agora. Talvez um dia apenas explique o que eu acho que seja o amor. Em sentido amplo, nunca.

Sabe o que distingue o amor que os seus pais têm/tinham por você de qualquer outro amor que você vá encontrar por aí? Ele tem um certo caráter de incondicionalidade, mesmo que frágil. Pais dedicados costumam ter a capacidade praticamente inesgotável de perdoar seus filhos e aceitá-los, apesar de seus defeitos. Claro que nunca é a mesma coisa, mas a disposição está ali. Às vezes, capenga e manca, mas está.

Sabem, azarado do homem que não consegue conhecer esse sentimento. É raríssimo, quase impossível, encontrar-se um amor parecido ao filial por aí. Não que ele não seja desinteressado, afinal, nada o é: ele tem essa aparência, o que dá uma certa tranquilidade, ilusória ou não.

Ah, o amor continua sendo uma coisa boa. Ainda assim, é importante que entendamos o que esperar para que não hajam surpresas advindas de falsas expectativas. No mais, pessoal, aproveitemos o amor, venha de onde venha, dentro ou fora da validade, seja qual for...afinal, mesmo que não seja essas coisas todas, ainda assim é amor.

E o amor é sim uma coisa boa.

domingo, 4 de maio de 2008

Orgulho

Quando eu comecei nessa joça toda, meu pai ainda era vivo. Lembro-me de mostrar a ele um ou outro marine para que ele pudesse sentir algum orgulho. Ele até que achava legal, apesar de, naquela época, eu ser um pintor pior do que sou hoje. Sabem, caros leitores, existe um senso de orgulho inerente a produção, de qualquer ordem que seja, que também é aplicada ao Warhammer. Acho que mesmo se eu vender esse Army, o orgulho e as boas memórias ficam. No final, vai ver é isso que importa: boas memórias.

Confesso que o hobby como um todo me deu mais memórias ruins do que boas, mas me esforço para mudar isso. Espero que consiga.

Curioso também observar que aqui no Brasil e também no resto do mundo, tem muita gente jogando com objetivos bem diversos aos de ter boas memórias.

Isn't it ironic, don't you think?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

50 Anos

E aí vem o Cazuza, em um dia dois de Maio, plantar na minha cabeça o sentimento da dúvida, da alegria e da tristeza. Olha para mim, lá do além sem fim e profetiza: “Me ame com amor ou não”.

Daí eu pergunto: “Porra, Caju: aquele amor era de verdade, enganava a todos, até a ela ou então era um meio termo”? “Será que ela me amava sem ou com pouco amor”?

Essas são umas das perguntas da vida que simplesmente não têm resposta. Se eu não posso dizer, o Cazuza, coitado, já morreu e a minha ex jura que sim mas age como se não fosse, como poderei saber?

Cazuza era parecido comigo ao não estar empregado quando deveria e por ser considerado, pelos mais conservadores, um traste inútil que não fazia nada de futuro da vida. No meu caso, não chega a tanto, mas com certeza ele e eu tivemos o mesmo problema de ter que mostrar para as pessoas que os nossos caminhos tortos iriam acabar no mesmo ponto final que a tentativa de reta deles.

A sorte do Cazuza é que ele tinha um pai proeminente em uma gravadora. Eu não tenho esse tipo de sorte (ou azar).

Mas não há sombras na suspeita de que eu, assim como algumas pessoas que conheço, estamos doidos para acertar com alguma coisa bem “inviável”, para que possamos esfregar na cara de um monte de gente que o nosso sonho é tão sonho quanto o deles, que a nossa vida não é menos importante e que a busca pela felicidade é concreta em todos os casos.

Se a minha ex ler isso, vai ficar novamente se sentindo desacreditada. Para ela eu deixarei registrado: “oh, meu bem: eu tento acreditar que você era tanto quanto dizia ser, só que muitas de suas ações a traiam e você, durante algum tempo, escreveu por linhas tão tortas, mas tão tortas, que mesmo que elas denotassem algo verdadeiro, ficava muito difícil de entender o que estava escrito”.


Registrado!

Peace, I’m out.