terça-feira, 29 de junho de 2010

Maiô Nada Cavadão

Biquini, ao invés de maiô. Bem largo, pois ela tem medo de expor o corpo. Cavado, nunca.

Não tenho nada a comentar, além disto. O trecho fala tudo: curto, grosso, preciso e objetivo.


"...como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça." Biquini Cavadão | Impossível

E um no pescoço também, sem dúvidas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pós-Grunge

Uma menina me disse que existia o tal do pós-grunge, coisa que eu sequer imaginava. Sei, porém, que eu fui grunge e escutei bastante Silverchair. Aí, você se vê ouvindo a mesma música que você ouvia há quase dez anos e, de maneira chocante, percebe que ela ainda lhe cabe, mesmo depois de tantas mudanças.


"But I'm not sure what i'm supposed to feel or say." - Miss You Love | Silverchair

domingo, 27 de junho de 2010

Mesa de Bar

Não que eu frequente estes ambientes com assiduidade: aliás, raras são as oportunidades em que vou aos tais barezinhos. NERD style, that is. De qualquer maneira, fica aqui uma poesia feita, literalmente, em uma mesa de bar. Era quase meia-noite e fui desafiado a compor sob pressão. Nem ficou tão ruim, dadas as condições. Lembrando que essa versão é modificada e melhorada em relação à original, mas a boa parte do conteúdo está inalterado.

Nada pode ser mais cult (:P) do que escrever poesias em guardanapos.


Para o Prozac e Além!


Não sou homem de uma estrofe
Pouco tenho a provar
Não tenho namorada ou bofe
E vivo a divagar

Para os iludidos, o consolo
De que há espaço para o dolo
Até em um inocente olhar
Mas, como nada posso provar

Cabe ao mundo dizer
Se o melhor é sofrer
Ou esquecer e brindar
Nisso não quero opinar

Nada posso dizer
Silencio no sorriso do passado
E nem um ônibus lotado
Desvia meu pensamento
Sinto a presença dela
A cada lugar e momento









quinta-feira, 24 de junho de 2010

Final de Semestre

Esse post é a depuração de um semestre interessante da disciplina de Prática e Produção Textual I. Preciso ressaltar que o professor da mesma, Marco Antônio Martins, é um profissional muito bom: precisamos de mais professores interessados e capacitados, como ele.

Meu último texto produzido no semestre, já com as correções feitas pelo professor e pequenas modificações à posteriori feitas por mim.


De olhos bem fechados


E precisará o homem ver. Para tal, terá que codificar.

A luz que alcança a retina nem sempre ilumina o cérebro e, assim, há muitos que enxergam, mas não vêem. Disparmente, tantos são os cegos que, mesmo privados da visão, captam e vêem o que há no coração dos homens e atentam-se para o essencial.

A cultura brasileira, de samba e carnaval, não é fortunadamente cega para perceber o essencial. Cega assim sendo, define pelo estereótipo, pela cor ou origem. Diz-se meritocrática, mas termina por ser opiniocrática.

Opiniões, todos as têm. Gerar conhecimento à partir delas é outra coisa, esta sim de grande responsabilidade e monta.

E, com o perdão do Renato "Russo", não somos mais a "Geração Coca-Cola" e nossas produções intelectuais e idéias deverão estar mais galgadas na expansão do que no duelo intelectual. Isso, infelizmente, ainda levará algum tempo.

Direcionando as reflexões ao nível da universidade pública, oprimo-me diante do sectarismo e dissenso a serem futuramente criados pela seleção entre aqueles que mereceram por esforço, seja ele próprio ou supervisionado, e aqueles que mereceram por existência; pela inevitável origem social, etnia ou filiação política.

Caminhamos rumo ao nosso "Apartheid" com um Mandela já frágil demais para a militância. Precisaremos de outro herói para aplacar o ódio que formentamos desde este momento? Devemos dividir ainda mais uma espécie caracterizada pelas soberba, arrogância, beligerância e por ser alheia à sua real proporção na Via Láctea e no Universo?

Somos micróbios galáticos a convulsionar sobre um pedaço de rocha em uma galáxia esquecida. Aonde nos levará mais segregação? Nanquim, Dresden, Hiroshima, Canudos, Stalingrado?

Por que tanta dificuldade em ver, mesmo ao exergarmos o tempo todo?

Já diziam os Titãs:

Peste bubônica
Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia
Rancor, cisticircose
Caxumba, difteria
Encefalite, faringite
Gripe e leucemia...

E o pulso ainda pulsa

(Por quanto tempo mais?)





Reencarnação

Eu acredito em reencarnação e nas manifestações pós-morte.

Aconteceu comigo hoje mesmo, dentro do Hiper Mercado Bom Preço.

Fantasma? Assombração que provocou histeria coletiva e esvaziou o mercado? Objetos voando?

Não. Música de supermercado.

Cazuza, mesmo morto, através da tecnologia e do peso de sua obra, cantava em um local no qual nunca esteve e em uma cidade que, até onde sei, nunca visitou. Cantava dentro de um supermercado. Ele teria ficado puto, talvez até zombado.

O fato é que duas coisas precisam ficar claras: quanto maior a solidez da obra, mais tempo ela costuma sobreviver e, como já dito em post passado, a genialidade da poesia cantada está em falar sobre coisas pertinentes às vidas das pessoas.

Dessa vez, Morrissey não enforcaria o Cazuza, pois o que ele disse, quando parei para prestar atenção em meio à busca por um produto, tocou-me profundamente e refletiu objetivamente meus últimos dias.

Assim, o grandioso poeta morto se manifesta, reencarnado em si mesmo e falando de uma relação que vivi, na qual a reciprocidade foi bem pequena.

Salve, Cazuza!

Minha Flor, Meu Bebê


Dizem que tô louco
Por te querer assim
Por pedir tão pouco
E me dar por feliz
Em perder noites de sono
Só pra te ver dormir
E me fingir de burro
Pra você sobressair

Dizem que tô louco
Que você manda em mim
Mas não me convencem, não
Que seja tão ruim
Que prazer mais egoísta
O de cuidar de um outro ser
Mesmo se dando mais
Do que se tem pra receber
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê

Dizem que tô louco
E falam pro meu bem
Os meus amigos todos
Será que eles não entendem
Que quem ama nesta vida
Às vezes ama sem querer
Que a dor no fundo esconde
Uma pontinha de prazer
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê


Nossa...como isso representa o que eu sentia por ela. Pena que a menina passou do meu limite, mesmo ele tendo sido grande.

sábado, 19 de junho de 2010

Under Fire and Shells

Mesmo sendo ateu por congruência lógica e agnóstico por prudência (maluco, não?), tenho falado muito no velho Jesus, o Ungido, por esses dias. Acho que a nossa raça precisa de exemplos em todos os campos, estando nós então tratando do da moral. Mohandas Karamchand "Mahatma" Gandhi, Marthin Luther King Jr, Nelson Rolihlahla Mandela, Desmond Mpilo Tutu, Carl Edward Sagan, John Winston Ono Lennon, Herbert José "Betinho" de Souza... a lista segue.

Além do JC, é claro. Não que eu realmente acredite que ele tinha uma essência sobrenatural mas, se os relatos forem fidedignos, ele foi um bom homem, assim como os outros citados acima e também tantos anônimos. We really need more good folks around.

Hoje, encontrei uma amiga que havia, por ser instável e ter tido atitudes ruins para comigo no passado, decido nao mais contactar. Ah, a vida ensina...ela ensinou-me. Espero que também aos que estiveram ao meu lado.

Como meu namoro foi acabado recentemente (escrevo "acabado" pois eu não concordei com a idéia) e ainda bem que foi só a relação, pois meu sentimento é o mesmo, não pude deixar de lembrar do velho Renato Manfredini Jr. e uma de suas canções que me são favoritas: Vinte e Nove.

Nela, certo trecho diz: "Quando você deixou de me amar, aprendi a perdoar e a pedir perdão."

Essas coisas é que caracterizavam a força e fantasticidade de sua poesia: a capacidade de tocar, hora de maneira simples ou obtusa, mas quase sempre falando de coisas relativas às nossas vidas, amores, medos e sentimentos.

Poeta bom é aquele que consegue representar fidedignamente a vida de alguém. Como diria o velho Steven Patrick Morrissey, em uma música do Smiths chamada "Panic":

"Burn down the Disco, hang the blessed DJ, because the music that they constantly play...it says nothing to me about my life."

E como foi no caso do meu namoro, eu não a tocava, não a encantava, "não falava nada sobre a vida dela", a garota enforcou-me, o DJ da questão.

Mas voltando ao perdão e ao ato de perdoar, oriundos da menção ao Renato, depois que fui largado consegui afastar-me do rancor e sair perdoando as mulheres com as quais me envolvi, tendo também pedido perdão às mesmas. Engraçado: acabei até pedindo e dando desculpas a quem não cabia, talvez.

O fato é que a menina instável se desculpou, afirmou ter sido uma idiota, recebeu e deu perdão por todos os erros cometidos por nós dois. Atualmente, até mesmo a mulher-cujo-nome-não pode ser citado, também conhecida como Wilhelmina Murray (que futuramente se chamaria Mina Harker) e sua fiel companheira Lucy Westenra, foram perdoadas.

A Mina até se desculpou, apesar do orgulho e do rancor. Já a Lucy, mais orgulhosa ou sei lá o que, achou que não precisava do meu perdão. Ainda assim, pedi perdão às duas e as perdoei.

E gente, o que precisa importar no momento é o meu sentimento, que é de perdão, reconciliação, harmonia e paz.

Lucy, Mina, A Garota Instável, as mulheres da minha vida...tudo tranquilo. Ninguém bloqueado no MSN: elas vêm, conversam e vão quando querem. Sem cobranças, sem aflição. Novamente, paz.

Recentemente, enviei um e-mail para a Mina que tentava mostrar esse momento de tranquilidade, paz, harmonização e acordo no qual eu me encontro. Naquele e-mail, acabei citando o velho Jesus, o Ungido:

"Father, forgive them, for they don't know what they are doing." And the soldiers gambled for his clothes by throwing dice.

"Peace I leave with you; my peace I give you. I do not give to you as the world gives. Do not let your hearts be troubled and do not be afraid."

Confesso que nem sei se a Mina leu ou deu a menor bola para isso tudo, mas o que importa mesmo é como me sinto comigo mesmo e para com os outros, pois sou a única pessoa da qual não posso me separar por um segundo sequer enquanto estiver vivo. Estou bem com a paz, o perdão e o amor.

Porque amor é uma palavra forte mas, vai ver, é a melhor que demonstra o que sinto pela Wilhemina.

Mas isso é uma coisa minha e ela, por mais estranho que possa parecer, não precisa se preocupar ou ter nada a ver com isso.

E falta apenas um dia até o início do dia 21/07/2010. Essa data, esses dois meses que não aconteceram no mundo externo, mas que acontecerão no meu universo particular, são bem significantes. Tentarei fazer algo de especial: nossa...vai ser dia de aula...

Bem, terminando com uma frase do John Lennon:

War is over (If you want it)

Pois meu compromisso é fundado em palavras, atos, lágrimas, carne, sentimento e sangue.

21/07

Jesus went on a little farther and bowed with his face to the ground, praying: "My Father! If it is possible, let this cup of suffering be taken away from me. Yet I want your will to be done, not mine."

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Jaqueta

Pois é...

Precisando depurar, lancei-me em várias experiências: algumas pouco praticadas, outras nunca antes tentadas. Até agora, os resultados têm sidos positivos. Como esperado, sou um homem maior e melhor. Apesar da aparente falta de modéstia da afirmação, não haveria outra maneira pontual de dizê-la.

Mas estamos aqui para tratar de poesia.
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Flowerful Silent Days


E o que era belo, singelo, diferente, atrente
Hoje não convence nem quem tenta ser crente
Você me via com a curiosidade do mistério sem rosto
E hoje me vê com desgosto e ignora...com gosto

Nós fizemos planos que não pareciam enganos até o dia da chegada
A idéia de voltar a ser solteira não veio com hora marcada
E meu bem, o seu próximo bem será tão bom quanto eu
Porque o valor sempre esteve no tratamento que você me deu

Amanhã você vai gemer aos toques de outro, como foi comigo
Alguém que saciará sua necessidade de abrigo
Isso é tudo muito natural, sequer pense em culpa
Mas não quero te esquecer e usar o tempo como desculpa

Meu bem, eu dizia que você não tem idéia de como gosto de você
E não vai ser agora que pretendes tentar entender
Pois é mais fácil começar denovo do que remendar a camisa velha
Mas não reclame ao perceber que a camisa ainda virá a ser você

Nosso hedonismo nos impede de remodelar o existente
É bem mais fácil comprar algo massificado de presente
Um ursinho de pelúcia, uma camisa nova
O consumismo põe nossa capacidade de lembrar e de valorar...
À prova.

Se tudo é descartável, como pode o homem não o ser?
Aprendemos e agimos por repetição, não dá para ver?
Enquanto o ser humano for dispensável em seu existir e conteúdo
Não sairemos do buraco, seja por revolução ou estudo

Mas meu bem, eu não vim aqui falar do mundo
Vim te dizer que, se seu sentimento acabou em um segundo
O meu queima como combustível nuclear
Passarão os anos e ainda terei muito a dar

Finalmente, lembre-se que a torpeza e a beleza são de cada um
Não há nada que te diga agora que tire a mágoa que tens
E se isso é ruim, meu bem
O tempo remove também

Lembre que o preço do tempo é pago em sangue e lágrimas
A vida ensina com a prova primeiro e a aula depois
Você escolheu amadurecer sozinha, mesquinha
Mas a suavidade está no crescimento à dois

O tempo dirá, o tempo trará
O tempo dará: você verá

quarta-feira, 2 de junho de 2010

In Bloom

Kurt Cobain, Freddie Mercury, Renato Russo, Cazuza, todos estes morreram há mais de 10 anos e, podemos observar, a obra dos mesmos permanece viva, em maior ou menor grau.

Eles sobrevivem no imaginário coletivo graças a descobertas e rememorações de seus trabalhos, mas por quanto tempo mais?

Se eu me matasse, meu trabalho não sobreviveria cinco anos, sequer.

And i have a very bad posture.