domingo, 21 de junho de 2009

A Receita

Quando o homem inventou a roda
logo Deus inventou o freio,
um dia, um feio inventou a moda,
e toda roda amou o feio"

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor

Pra elevar minhas idéias não preciso de incenso
Eu existo porque penso
tenso por isso existo
São sete as chagas de cristo
São muitos os meus pecados
Satanás condecorado
na tv tem um programa
Nunca mais a velha chama
Nunca mais o céu do lado
Disneylândia eldorado
Vamos nós dançar na lama
Bye bye adeus Gene Kelly
Como santo me revele
como sinto como passo
Carne viva atrás da pele
aqui vive-se à míngua
Não tenho papas na língua
Não trago padres na alma
Minha pátria é minha íngua
Me conheço como a palma
da platéia calorosa
Eu vi o calo na rosa
eu vi a ferida aberta
Eu tenho a palavra certa
pra doutor não reclamar
Mas a minha mente boquiaberta
Precisa mesmo deserta
Aprender aprender a soletrar

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor

Não me diga que me ama
Não me queira não me afague
Sentimento pegue e pague
emoção compre em tablete
Mastigue como chiclete
jogue fora na sarjeta
Compre um lote do futuro
cheque para trinta dias
Nosso plano de seguro
cobre a sua carência
Eu perdi o paraíso
mas ganhei inteligência
Demência, felicidade,
propriedade privada
Não se prive não se prove
Dont't tell me peace and love
Tome logo um engov
pra curar sua ressaca
Da modernidade essa armadilha
Matilha de cães raivosos e assustados
O presente não devolve o troco do passado
Sofrimento não é amargura
Tristeza não é pecado
Lugar de ser feliz não é supermercado

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor

O inferno é escuro
não tem água encanada
Não tem porta não tem muro
Não tem porteiro na entrada
E o céu será divino
confortável condomínio
Com anjos cantando hosanas
nas alturas nas alturas
Onde tudo é nobre
e tudo tem nome
Onde os cães só latem
Pra enxotar a fome
Todo mundo quer quer
Quer subir na vida
Se subir ladeira espere a descida
Se na hora "h"o elevador parar
No vigésimo quinto andar
der aquele enguiço
Sempre vai haver uma escada de serviço

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor

Todo mundo sabe tudo todo mundo fala
Mas a língua do mudo ninguém quer estudá-la
Quem não quer suar camisa não carrega mala
Revólver que ninguém usa não dispara bala
Casa grande faz fuxico quem leva fama é a senzala
Pra chegar na minha cama tem que passar pela sala
Quem não sabe dá bandeira quem sabe que sabia cala
Liga aí porta-bandeira não é mestre-sala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor
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Salve Zeca Baleiro, Faces do Subúrbio e a nossa inventividade lírica!

Comercial de Margarina

Aqui é Marcelo Melo, tem alguém aí? Câmbio.
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Comercial de Margarina


Não sou um comercial de margarina
já que vez ou outra a vida ensina
Que a coisa é complicada
E o que era atoleiro
Se torna enrascada

Não sou feliz vez ou outra
E não é te ver sem roupa
Que vai fazer isso mudar

Porque há dias como hoje
Em que tudo está parado
O amanhã, equivocado
Você não entende
Que minha dor já não te surpreende
Mais

E há certa confusão
Entre fofoca e confissão
São dias de muita pressão
Em que nada se parecem
Com qualquer comercial
De televisão


Da Vivência

Porque, se me derem, eu queimo até um caminhão de crack! XD
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Da Vivência


O homem adquire, através de sua sensorialidade, impressões externas a ele apresentadas. A consciência torna-se, portanto, recurso de depuração qualitativo do meio externo. A vivência, produto da soma das experiências e de suas depurações, resume, em sentido amplo, o conjunto de possibilidades concretizadas no curso de uma vida.

Poderia-se afirmar que, das não concretizadas, ocuparia-se o sonho. Contradição, pois o mesmo, em seu caráter especulativo, deriva-se da vivência. Afirmar também que as possibilidades concretizáveis são derivações orgânicas das possibilidades vivenciadas por se tratarem de escolhas potenciais é aceitável, porém simplista.

As escolhas vivenciáveis estão em posição obscura, por se tratarem de vivências irreais e ainda, derivadas do empíricamente possível. Não se tratam de irrealidades, perdendo assim o local seguro que a impossibilidade fática as proporciona.

A pergunta que exprime o antagonismo é: o que é aquilo empíricamente aceitável, porém não realizado em determinada circunstância, se o mesmo possui potencial de acontecer, em circunstância outra?

Lidamos com algo que não é impossível mas que não aconteceu. Em determinados casos, sua ocorrência vivencial não é mais aceitável, mas não falamos de um anátema lógico. É válida a existência da zona cinza que abriga o lógico inconcretizável?

Esta é a primeira questão vivencial levantada. Sendo o lógico inconcretizável derivado da vivência, possuiiria ela um aspecto intolerável, aonde se viveria o não vivenciável?

Esta situação seria dirimida ao aceitarmos a idéia de multiversos análogos aonde tudo o que for lógico e vivêncável eventualmente os erá. Veria-se , em tempo hábil, o esgotamento das possibilidades. O destino do multiverso é, neste aspecto, a repetição.

Tratando-se de apenas um universo de tempo sequencial e não retroativo, pode-se especular que surja, até a resolução desta problemática, uma outra categoria de fatos ou eventos.

Portanto, temos:

Fatos ocorridos
Fatos em ocorrência
Fatos que ocorrerão
Fatos que ocorreriam*

*Nova categoria fático-temporal
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¹ A incerteza sobre a natureza destes fatos não impede a teorização de qe que existe um número N de ocorrência futuras que é variável caso exista qualquer grau de acaso ou ainda fixo, caso haja predestinação pura.
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Teorizo sober a idéia da existência de um quarto modo temporal, que, simbolicamente, é equivalente na língua portuguesa do presente imperfeito. Este modo cronológico não me parece possuir um fluxo apreciável como os fluxos cronológicos factuais ou prováveis que conhecemos. Ao contrário, me parece ser ausente de fluxo.

Sua representação visual é a de uma suspensão composta de 60% de líquido e 40% de partículas sólidas em suspensão, que, simbólicamente, representam os eventos latentes à espera de ordenamento.

Como o presente é apenas conceituação simbólica, parece-me razoável imaginar o passado e o futuro como induções de corrente neste fluxo, fazendo com que algumas partículas ganhem ordenamento e outras, por se tratarem de ocorrências incompatíveis no fluxo de eventos, permanceçam no fundo, em suspensão.

Ressalta-se que, em termos de decorrência , a idéia de passado é figurativa e referencial. Dentro e de acordo com meu fluxo de idéias, ao tomarmos dois pontos noe spaço-tempo como sendo A e B e considerando que A ocorreu antes de B, não se pode retornar à A sem manter-se o referencial temporal préviamente adotado. Caso haja uma inversão, pode-se ir ao futuro através das próprias pegadas.

assim, tendo a acreditar que o fluxo no tempo da suspensão, não importa a direção simbólica que tome, culminará com o eterno avanço, mesmo que, referencialmente, seja para trás.






O Mito

O processo de amadurecimento emocional, a transição da fase infantil para a juveni,l implica necessariamente na reconstrução mitológica. No meu caso, me vi sustentando meus mitos por períodos mais longos, até talvez o final da adolescência. Não os sustentava mais por ingênuidade infantil, mas porque era divertido.

O mundo mágico costuma, com suas luzes e formas não científicas, ser bem mais atraente.

Se era divertido, tive que tristemente, apagar boa parte do lúdico que eu supunha que, ao menos uma vez, poderia ser real e me render à realidade. Isso não quis dizer que eu perdi minha ludicidade ou ainda a criatividade, mas sim a esperança de que o mundo mágico se manifestasse. Pouco dela resta mas, como uma brasa que esmorece, o brilho ainda é forte.

Porque, se tudo der certo, ainda veremos robôs gigantes cruzando a Avenida Senador Salgado Filho.



sábado, 20 de junho de 2009

Pés e Corpo

Pés feridos, Corpo Cansado


Existem dias que não dão resultados. Dias que nem acabaram mas, para certas coisas, já chegaram ao fim. Ainda assim, mesmo com um prematuro fim, eu sou bilhões de células. Somos uma Legião Urbana.

E viva Renato Soviético.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Aforisma!

Porque tem dias, raríssimos, em que me sinto importante! :D


"É compreensível não se querer crescer em um mundo em que a maioria das pessoas seja tão pequena. Algumas, até, aproximam-se das bestas."
-Marcelo Melo

domingo, 14 de junho de 2009

Gente

Gente


Essa gente que diz ter compromisso
Mas que some e vive ocupada demais
Que te convence que não é nada disso
Que o erro é culpa de sermos mortais

Essa gente que não sente a miséria
De ser mais um entre bilhões de pessoas
Da inocência em não se ser querido como se quer
Do afago errado nos braços de outra mulher

Essa gente que funciona dia sim, dia não
E que te cobra muita participação
Que aparece quando quer chorar a solidão
Que vive de conversas curtas, de pouca emoção

Essa gente que sofre como nós
E que por sofrer, vêm e nos faz sofrer
Só que eles também têm um algoz
O ser humano fez da dor um estranho lazer

Essa gente de quem eu gosto tanto
Que sente culpa por não gostar também de mim
Que me encanta demais com tão pouco
Que profere o não no lugar do sim

Vamos viver, que não querem viver conosco
Vamos viver, talvez não possam, talvez não digam
Vamos viver, porque o resultado do apego é a morte
Vamos viver, porque vivendo também se encontra a sorte




sábado, 13 de junho de 2009

Sentir o Mar

Sentir o Mar


É como em um jogo
Sempre se acredita poder tentar denovo
Tudo se resolve no apertar de um botão
O apressado ganha tempo e o pequeno, proporção

É tudo tão fácil que nem há diversão
Tudo tão direto no apertar de um botão

E não há nenhuma crise
Para te colocar em perigo
Tudo continua normal
Eu não me sinto tão necessário

Enquanto tudo está ruindo
Continuo prosseguindo
Sozinho, ao menos não há ninguém comigo
E isso é bom, ao menos por hoje

Hoje eu vou sorrir para alguém
Vou imaginar que ela está aqui
Hoje eu vou sentir o mar nos meus pés
Vou me divertir

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sims

Dia dos Namorados...

Ah, que coisa bonita!

Nada melhor do que comprar The Sims 3 e fazer o meu romance acontecer.

Deus abençoe o The Sims: lá, ela é minha vizinha.

Como um Deus

Hora de voltar para a prosa....

Pintores como eu são, essencialmente, simulacros de Deuses. Dar a vida ao nada ou, ainda, ao incompleto é um trabalho divino. As mulheres, em parte, também o são. Por dar a vida entenda-se como o processo transitório de um estado conceitual para outro. Minhas miniaturas, antes da pintura, são pouco. Após acender-se a chama da existência, tornam-se mais. Vejam bem, mais, não muito.

Assim como nós, querem ser muito mas, no fundo, poderiam ser mais alegres por serem mais do que teriam sido, caso não tivessem sido tocadas.

Os artistas são, essencialmente, simulacros divinos. A criação é divina, a destruição, não sei.

Deus não se repete: eu criei um padrão para minhas miniaturas. Ainda assim, mesmo obedecendo os padrões, cada uma é essencialmente única. Cada sentido de pincelada torna-as individuais. Uma sombra aplicada em local diferente as diferencia. Esses pequenos detalhes, assim como os defeitos dos borrões que deixei e não vi, só se vê de perto.

Não é nada diferente de nós. De longe, todos parecem iguais. O padrão se repete, a miríade composta por defeitos e características, toques pessoais, não.

Temos o toque pessoal do criador em nós, sem dúvida.

Assim como Deus, eu sou um homem solitário. Admito que existam outros como eu, outros criadores. Não sei aonde estão. Não estou destinado a me reproduzir, pois já sou.

A diferença é que a solidão de Deus não o incomoda, não mais, já que ele criou o todo à partir do nada. No meu caso, particularmente, minhas ferramentas de geração de companhia não são suficientes.

Eu estou sozinho.

Sem Resposta

Sem Resposta


Não tenho resposta para te dar
Será que você não vê
Sei que o sentimento pode mudar
Mas não hoje, não comigo, nem com você

terça-feira, 9 de junho de 2009

Como Você Disse

Como Você Disse


Eu rejeito os meus amigos
Vez ou outra eles falam a verdade
Não há tanta coragem na minha idade
Fantasio com eles, crio perigos pela metade

Eu tenho alguns discos
Já me disseram muita coisa e me ajudaram
Mas hoje falam pouco, como você
Sua beleza me atrai mas hoje à noite eu não quero
Te querer

Você me encanta e espanta
Como sua beleza, que é tanta
É tão distante por não saber ser exata
Não falar o que sente talvez por não sentir

Também não saber que é seu sorriso mudo que me mata
Ou saber e fingir...

Eu não sei

Eu não me explico
Eu já fui tantos antes e ainda assim não sei quem sou
Eu nasci e ainda não explicaram para onde vou
Mas acreditam que eu vou ser alguém importante
Eles gostam de mim, às vezes é o bastante

Eu imagino
Se você aceitaria o fato de eu não ser como você
Que eu sou diferente, também displicente, querer entender
O que há em sua mente ainda aceitando que não há como ver
Como você me vê

Como você disse, um espelho fumê




Triste Realidade



-By Barbara Kruger

Talvez Tina Turner estivesse certa....ou não?

Eu sou o poeta das tristezas, na maioria dos dias felizes.


domingo, 7 de junho de 2009

Petrópolis

Petrópolis


Hoje a lua é cheia
E assim como ela
A minha cabeça

Você não complica, clareia
Traz o mundo de volta
De onde ele foi

Mas as decepções que trazes
São tão eficazes
Em me magoar

Você não sabe como entristeço
E por isso não esqueço
De te ligar

Você não faz por mal
Seria o final
Da minha ilusão

Eu te imaginei de um jeito
Tão bom que era perfeito
Mas não és isso não

Você me olha assim, estranho
Com sorriso tamanho
Parece sem fim

Só que existe algo errado
Seu coração é cerrado
Apesar da abertura

Você não entende o esforço
De não ter com o menor compromisso
E pior, não passar disso

Existem locais escondidos
No desconhecido das ruas daqui

Lá há memórias criadas
Dos presentes, cantadas
Que eu não te dei

Mas tua imagem é minha
E isso nem sempre eu tinha
Houve dias em que não pensei em você

Dela faço o que quero
Mas o respeito é o mesmo
Há todo um esmero
Por sua ficção

Você continua escondida
Por aí, não sei onde
Mas não tão adormecida
No meu coração

sábado, 6 de junho de 2009

Comunhão

Comunhão


Eu te disse que ligava
E sabia que você não acreditava
Nisso

Não queria que você pensasse
Que cada palavra que falasse
Representaria compromisso

Não sou dona da situação
Mas controlo o sim e o não
Que definem a nossa questão

Mas não pense que é fato
Que o nosso grande hiato
Seja igual a uma rejeição

Mas entenda o seguinte
Que qualquer requinte
Não faz de uma coisa, outra

Coração não é razão
Meu sorriso não é atração
Não se chega ao céu descendo
E sorrindo eu vou vivendo
Intimidade nem sempre é comunhão


Dance

Lunares - Dance

Hoje a minha imagem está mais feliz
Eu danço no espelho
Hoje a minha imagem está mais feliz
Com ela eu danço, com ela eu me confundo
Eu gosto, eu acho...

Hoje a minha imagem está mais feliz
Hoje a minha imagem está mais feliz
Eu vejo cores falsas radiantes
Eu sinto movimentos flutuantes
Eu danço deprimente no espelho
Eu gosto, eu acho...

Venha, dance comigo e quebre meu espelho
Venha, dance comigo e quebre meu espelho
Venha, dance comigo e quebre meu espelho
Venha, dance comigo e quebre meu espelho
Venha


Volte e, quando desfizer as malas, venha.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nariz...nariz...

O Nariz


Quero o fim da tormento
Que eu mesmo alimento
Com as pequenas coisas
Palavras jogadas ao vento

Alguma liberdade, sem religião
O caminho certo para o seu coração
A busca involuntária da dor
E o medo, segredo, o terror
Que reside na cor

Negra dos seus olhos

Pedir, acreditar
Que amanhã e depois do meu sono
Eu vou voltar para lembrar
Que o ontem foi viagem
Teias imagem, risos e passagem
Entre eu e você, o mundo também

Só que eu acabei te deixando a pé
Segui adiante no tempo corrido do trem

Você quer alguém?
Será que esse alguém te aceita a ponto
De enganar a razão, vivendo o confronto
De se ver no outro

Eu não me vejo nem no espelho
Será por isso que dizem que eu não tenho futuro?
Por ficar parado e pensando sentado no muro?
Eu quero tanto mas nem sempre pareço mostrar
E não ajo te fazendo pensar que não quero mudar!

Já gostei a primeira, segunda e terceira vista
Só que nem sempre elas se tornam mais uma na lista
Que só cresce mostrando que o tempo está a passar
E cada fracasso atesta que eu posso mudar

Nem que seja no nome, no telefone
Eu estou sempre a mudar, nas coisas erradas
Segundo os especialistas sobre minha vida
Que acabam parando o conselho para consertar
As próprias roubadas

Já que ninguém é santo, perfeito, isso me dói
A velhice acaba com os sonhos que a infância constrói
Eu queria ser melhor, mais ativo, mais carinhoso
Mas geralmente elas me vêem com um sorriso jocoso

Jocoso de quem sabe que eu não convenço
Depois de um meses relaxo e reapareço
Eu adoro o seu corpo, apesar do nariz
Mas não acho que o meu inteiro te faça feliz

Chico Ciência

"Embora a medicina seja rica de exemplos de conhecimento obtido por meio do senso comum e da própria experiência, sua velocidade de crescimento é pequena, comparada com a ciência. Um dos motivos dessa diferença é que a ciência procura sistematicamente melhorar seus padrões de crítica, aumentando, por exemplo, a refutabilidade de suas hipóteses e o rigor de seus testes. O senso comum limita-se a tentar resolver problemas de ordem prática. Quando determinado conhecimento funciona bem, dentro das finalidades para o qual foi criado, ele continuará a ser utilizado sem muito questionamento.

O conhecimento científico procura sempre criticar uma hipótese, mesmo que ela resolva satisfatoriamente os problemas para os quais ela foi concebida. Quanto maior a refutabilidade e rigor dos testes, maior será o grau de cientificidade de um campo do conhecimento, o espírito crítico e a velocidade de expansão em direção a novos problemas, hipóteses, etc"

-Antônio Egídio Nardi.