domingo, 21 de junho de 2009

Da Vivência

Porque, se me derem, eu queimo até um caminhão de crack! XD
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Da Vivência


O homem adquire, através de sua sensorialidade, impressões externas a ele apresentadas. A consciência torna-se, portanto, recurso de depuração qualitativo do meio externo. A vivência, produto da soma das experiências e de suas depurações, resume, em sentido amplo, o conjunto de possibilidades concretizadas no curso de uma vida.

Poderia-se afirmar que, das não concretizadas, ocuparia-se o sonho. Contradição, pois o mesmo, em seu caráter especulativo, deriva-se da vivência. Afirmar também que as possibilidades concretizáveis são derivações orgânicas das possibilidades vivenciadas por se tratarem de escolhas potenciais é aceitável, porém simplista.

As escolhas vivenciáveis estão em posição obscura, por se tratarem de vivências irreais e ainda, derivadas do empíricamente possível. Não se tratam de irrealidades, perdendo assim o local seguro que a impossibilidade fática as proporciona.

A pergunta que exprime o antagonismo é: o que é aquilo empíricamente aceitável, porém não realizado em determinada circunstância, se o mesmo possui potencial de acontecer, em circunstância outra?

Lidamos com algo que não é impossível mas que não aconteceu. Em determinados casos, sua ocorrência vivencial não é mais aceitável, mas não falamos de um anátema lógico. É válida a existência da zona cinza que abriga o lógico inconcretizável?

Esta é a primeira questão vivencial levantada. Sendo o lógico inconcretizável derivado da vivência, possuiiria ela um aspecto intolerável, aonde se viveria o não vivenciável?

Esta situação seria dirimida ao aceitarmos a idéia de multiversos análogos aonde tudo o que for lógico e vivêncável eventualmente os erá. Veria-se , em tempo hábil, o esgotamento das possibilidades. O destino do multiverso é, neste aspecto, a repetição.

Tratando-se de apenas um universo de tempo sequencial e não retroativo, pode-se especular que surja, até a resolução desta problemática, uma outra categoria de fatos ou eventos.

Portanto, temos:

Fatos ocorridos
Fatos em ocorrência
Fatos que ocorrerão
Fatos que ocorreriam*

*Nova categoria fático-temporal
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¹ A incerteza sobre a natureza destes fatos não impede a teorização de qe que existe um número N de ocorrência futuras que é variável caso exista qualquer grau de acaso ou ainda fixo, caso haja predestinação pura.
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Teorizo sober a idéia da existência de um quarto modo temporal, que, simbolicamente, é equivalente na língua portuguesa do presente imperfeito. Este modo cronológico não me parece possuir um fluxo apreciável como os fluxos cronológicos factuais ou prováveis que conhecemos. Ao contrário, me parece ser ausente de fluxo.

Sua representação visual é a de uma suspensão composta de 60% de líquido e 40% de partículas sólidas em suspensão, que, simbólicamente, representam os eventos latentes à espera de ordenamento.

Como o presente é apenas conceituação simbólica, parece-me razoável imaginar o passado e o futuro como induções de corrente neste fluxo, fazendo com que algumas partículas ganhem ordenamento e outras, por se tratarem de ocorrências incompatíveis no fluxo de eventos, permanceçam no fundo, em suspensão.

Ressalta-se que, em termos de decorrência , a idéia de passado é figurativa e referencial. Dentro e de acordo com meu fluxo de idéias, ao tomarmos dois pontos noe spaço-tempo como sendo A e B e considerando que A ocorreu antes de B, não se pode retornar à A sem manter-se o referencial temporal préviamente adotado. Caso haja uma inversão, pode-se ir ao futuro através das próprias pegadas.

assim, tendo a acreditar que o fluxo no tempo da suspensão, não importa a direção simbólica que tome, culminará com o eterno avanço, mesmo que, referencialmente, seja para trás.






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