sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Forbidden Lover


Um pouco de poesia escapista para oxigenar uma prosa prolixa.



A Torre



Estou afastado do mundo

E tão distante do chão

Congelado neste eterno segundo

Distante de qualquer ilusão


Não tenho medo da vida

Tenho apenas as minhas mentiras

Minha história, hoje quase esquecida

Bravata tão bem proferida


Esta torre me isola do sentimento

Finjo não sentir, mas é mentira

No espaço entre sorriso e tormento

Há o tempo que, lentamente, expira


Dependo de uma persona inventada

Para chegar na hora marcada

Viciado em uma máscara negra

Que não era eu


Não sei mais onde termina o homem e começa a cultura

Se há mesmo fortuna na posse de uma ferradura

Quando visto a roupa, não sinto ser mais eu

Perdido, busco um conceito que também se perdeu


"Wayne", ela sussurra

Sua voz me afaga com candura

Ela me procura, minha verdadeira companhia

O perigo hoje é minha principal fonte

Fonte de alegria


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