sábado, 11 de setembro de 2010

Só os loucos? Nah.

Ontem, mais cedo, eu lia sobre campos de concentração e pensava na morte e na tristeza. Estava triste, queria colocar denovo meu capacete e afundar-me de vez na jaca da guerra jogando Day of Defeat.

Daí veio a festa em Roberto: amigos próximos, coisas que gosto, gente fina, família feliz pela comemoração de 10 anos de um namoro. E pensar que hoje em dia, há namoros + casamentos que não chegam a isso. Emanuel, o irmão de Roberto, namorou sua atual esposa por 16 longos anos: parece mentira, mas não é. Dois casos raríssimos e na mesma família! Não consigo tirar esses fatos da cabeça.

Eu, que os desejo tanto.

Daí, tendo rido, conversado e recebido uma boa dose de carinho, identificação, conforto e afeto, eu mandei o Day of Defeat para a puta que o pariu. Depois da festa, não queria mais matar alguém para também tentar assassinar minha dor.

Há duas horas escuto a mesma música do Charlie Brown Jr. E sim, ela fez muito sentido depois da festa:

"Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém."
- Só os Loucos Sabem

Espero poder continuar em paz por tempo o suficiente para não sentir novamente a necessidade de expiar meus pecados com uma Browning .30 ou uma MG 42 na mão.

E dizem-me que o mundo é assim mesmo e que não há esperança para mim. Fico pensando se devo seguir as palavras do Velho Testamento ou simplesmente concordar com o senso-comum e perder quaisquer esperanças, pular de vez no Abismo.

Não, eu nunca fui de gostar do senso comum.

Contra Spem, Spero.


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