segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Noite de Segunda - Segundo Canto

"Vamos falar de pesticidas e de tragédias radioativas"
                                                - Natália, Legião Urbana


Se há algo que eu entendi é que a instrospecção é fundamental para a sobrevivência. Acho que foi em todos os momentos, mas eu, apocalíptico como sou, penso sempre que a época de hoje é degradada, esculhambada, vosciferada, massificada, pragmatilizada, ada...ada...ada.

Não tenho a menor idéia se viver em outros tempos poderia ser melhor, mas só saberei se eu reencarnar, caso isso exista.

Eu tenho pouco medo das tentações, confesso. Ainda assim, temo muito as influências.

"Mas tentação não é uma influência"?

É, mas a tentação costuma ser direta, objetiva e visível. As influências, ah, elas só são notadas quando o botijão de gás passou da troposfera. Ao menos na maioria dos casos: essa afirmação não é dotada de rigidez científica, esse foi o último aviso.

A instrospecção, a meu ver, pode ser usada como ferramenta concreta para tornar o dia-após-dia mais agradável. Isso claro, quando há algo agradável no interior. Não se pode imaginar que o carvão virará diamante quando passar do animus para o meio externo.

Não conheço os meios individuais de alcançe da conduta, mas o fato é que a influência do meio externo imediato com o que há internamente, influência ativa que posteriormente se torna passiva, é padrão nos comportamentos.

Agora estou oscilando...perdi o fio da meada. Apesar disto, o fato existe. Acho que a maior prova que posso dar no momento da eficácia, aplicabilidade e talvez grandeza do mesmo é que a existência dele independe de minha crença ou narrativa.

Então, para encerrar o que está morrendo, eu creio, formulo, reafirmo e exteriorizo. Se a idéia que passou por todo esse processo interno de maturação for boa, e esse é outro juízo de valor, então é interessante que ela sobreviva e faça bem ao autor através da sua permanência no meio externo imediato. 

Engraçado, criar um mundo próprio às vezes te ajuda a se afastar do que te faz mal. É aí que mora o perigo.

Fim do segundo canto.



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