sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Malandragem, dá um tempo!

"Que belo par de..."

Cara...pára com isso.  Vai ver ela percebe? A garota canta com você, pega mal. Ela não tem culpa de carregá-los e nem você tem culpa de apreciá-los. É um peixe andando de bicicleta, todo mundo imagina mas não sai do lugar. Não há porque sair! Você nem deveria estar sentindo desejo, seu animal! E o que você sente? É mentira? Você não se comprometeu? De onde vem esse desejo? Que esculhambação é essa?

Eu sei o que se passa na sua cabeça, eu sou sua cabeça! Você não tem um segredo sequer para mim! Você está sentindo desejo sim e se você pudesse você...melhor nem falar! Mas, agora que mencionei, você...?

Vai ver que não!

Rapaz, se lembre quando ele lhe disse que desejo é algo que dá e passa. Toma um banho frio, vai ler 1984 ou então jogar World of Warcraft! Mas não olha, criatura. Tudo bem, entre o piano, eles, a cara feia do povo ou a partitura, você os escolheu. Há um certo senso nisso, eu respeito. Ainda assim, dá um tempo.

E se você pudesse, ah se você pudesse chegar até eles e...e...bem, tchan! E aí? E depois? Você bem sabe que iria ficar com uma cara de tacho maior ainda que o peso do mundo sobre seus ombros! Você entende que esse consumo é incompleto justamente por ignorar todo o resto? OK, vamos criar uma simbologia, você adora isso.

Você tem uma melancia de uns 3 quilos. Daí você está doido para comer uma fatia mas o feirante lhe diz que você vai ter que levar a melancia inteira! Daí, na ânsia deseperada de sentir o gosto da melancia, você vai lá, compra, come a fatia e fica com dois quilos e pouco de melancia, para fazer o que? Comer depois? Não, é perecível! Pois é, dar para os amigos? Não funciona assim...está aí a questão.

Você não pode, Marcelo, não pode vender a vaca e querer ficar com o leite que ela dava. Invertendo a ordem, você não pode comprar a vaca e não querer que ela muja no seu ouvido no final da tarde.

Está vendo como ele tinha razão? Imagina que você fosse lá e saciasse a vontade, o que haveria de ser depois, quando ela passasse? E os mugidos? Por isso que eu digo, você nasceu com o peso do seu condicionamento sexual! Quando elas passam, você olha mesmo. Olha e imagina! E se eu contasse o que você imagina, você seria mandado para ir morar com o Robinson Crusoé, garoto. 

Segundo os istas...evolucionistas, você tem a tendência natural de procurar a maior quantidade possível de parceiras para então ter milhões e milhões de DNAs seus espalhados por aí no futuro! Só que isso, Charlie Brown, não te salva dos mugidos.

Nem te salva de si mesmo.

A boa notícia, Minduim, é que você se lembra bem que já passou pela fase em que você olhava uma mulher e isso não te dizia muito além de toda a simbologia que a estética dela podia trazer. Você tinha pouco ou quase nenhum desejo, lembra? Pois é, você estava apaixonado, Minduim. Você, durante aquele período, conseguiu superar o condicionamento e a consequente escravidão que ele traz e conseguia olhá-las com o ar tranquilo de um velhinho impotente! Sim, há jeito para a questão, não se preocupe.

Você não precisa negar, Marcelo. Só olhe menos. Assim, você não cria uma frustração ao mesmo tempo que não a assusta, criando um clima chato dentro do grupo! O que importa neste caso é a atitude de querer mudar a questão e o empreendimento comportamental e afetivo de querer melhorar no que se achas errado! Você consegue, tenho fé em você.

Mas ei, cá entre nós...não conta para ninguém: que belo par de...olhos!

:)

Um comentário:

Unknown disse...

^^ Trocando opiniões: - http://www.flogs.com.br/moon_servant/f/2467998.html