segunda-feira, 26 de julho de 2010

Just another Johnnie Gun

Sou apenas mais um cara, algumas qualidades distintivas, mas não tenho me sentido minimamente especial ou único. Em verdade, sou substituível.

Sou apenas outro Zé da Metralhadora, com uma língua pronta para disparar, um monte de estórias, boas ou ruins, para contar, deitado no chão frio, dedo no gatilho.

Esperando o inimigo passar.

E então disparar.

É, ando jogando bastante Day of Defeat...e, Cazuza, este sim profetizou:

Disparo contra o sol, sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas

Sou um cara cansado de correr na direção contrária
Sem pódium de chegada ou beijo de namorada
Mas se você achar que estou derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
O tempo não pára

Ando sentindo tanto frio...não há um corpo quente ao meu lado, tampouco o chocolate-quente das palavras doces de conforto e apoio.

Apenas o toque frio do metal do gatilho, o contato com o chão e o capacete. Quando um homem tem uma arma, uma planta, um bichinho de estimação, um laptop ou um objeto qualquer como sua principal companhia, ele está com problemas.

Ou morto, sem ainda saber.

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